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 Blog do Heitor Gregório (Tribuna do Norte)

Publicado em 08/03/2023 - 08:26 / Clipado em 09/03/2023 - 08:26

Potiguar comanda empresa que captou R$ 24 milhões e pretende zerar inadimplência universitária


Mensalidade em dia e redução das taxas de evasão são duas das grandes dores do setor de educação superior. E a Principia, fintech recém-lançada ao mercado, pretende atacar esses problemas.

A startup já chegou recebendo um aporte de 24 milhões de reais. Finalizada em novembro, a rodada de capital semente foi liderada pela Valor Capital Group e tem a participação da Supera Capital e da GFC (Global Founders Capital).

Outro passo nesta recente trajetória é a fusão com a 4ies, uma concorrente também nascida há pouco meses, em meados de 2022, e fundada por Diogo Fonseca, executivo com passagens por entidades como a Pravaler e Quero Educação.

O negócio foi fechado 90% com troca de ações e 10% de capital. Fonseca se manterá na nova operação e ocupará a função de COO. O valor da transação não foi aberto.

Estruturada para que a Principia tenha mais fôlego neste início, a movimentação ampliou a carteira de clientes, trouxe um time já azeitado e com experiência e aprendizados que podem ajudar a mexer os ponteiros ao longo dos próximos meses.

Por trás da operação da fintech, está o potiguar Newton Maia, ex-CEO da IMC (International Meal Company), dono de marcas como Pizza Hut, KFC e Frango Assado.

Antes do mercado alimentício, o executivo atuou como diretor de educação do Advent International, fundo de private equity focado em aquisições, estruturações e vendas de companhias. Ao longo de 10 anos no empresa, participou de diversas operações de compra e investimentos em grupos como Kroton (atual Cogna), Unopar, Anhanguera e FSG.

Quando chegou a hora de escolher em qual área empreender, os desafios do mercado de educação falaram mais altos.

Essa é a segunda experiência de Maia como empreendedor. Aos 23 anos e recém-formado em engenharia pela ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), ele fundou uma fazenda de camarões para exportação no Rio Grande do Norte. O negócio sobreviveu por dois anos, mas a queda do dólar prejudicou as suas ambições. “Perdi dinheiro e ganhei experiência”, afirma.

 

Como funciona o negócio da startup

Na tese de partida, a startup concentra os esforços em universidades pequenas e médias, com até 20 mil alunos. Os serviços dialogam com as duas pontas do setor.

Para as universidades, assume o processo de faturamento e cobrança das mensalidades integralmente. Como contrapartida, garante às empresas educacionais o recebimento das mensalidades em dia e que a inadimplência será zerada.

“O meu compromisso é que a taxa que eu cobro é mais barata do que o que ela gasta com inadimplência, custo do capital de giro, custo de boleto”, afirma Maia.

Aos alunos, a proposta é oferecer um atendimento personalizado e flexibilidade nas formas de pagamento. Além disso, estuda como criar soluções para enfrentar as evasões universitárias. “70% dos que abandonam é por causa de grana”, afirma.

Um estudo da Sou_Ciência, centro de estudos ligado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), aponta que a taxa de evasão dos alunos de escolas particulares beirou 40% em 2021. O levantamento usa dados do Ministério da Educação como base.

De acordo com o executivo, a partir de um olhar mais atento e centrado no comportamento individualizado dos alunos, a startup pretende reduzir as saídas dos alunos entre 10% e 20% no intervalo dos próximos dois anos. Na mesa de soluções, financiamentos, modelos de pula parcela e bolsas de estudos.

 

Como o investimento será usado

Com a fusão entre as duas operações, a Principia conta com agora com 40 faculdades entre os clientes, unidades que movimentam em torno de R$ 50 milhões mensalmente em mensalidades. O objetivo é mais do que dobrar o número até dezembro deste ano.

Para potencializar o crescimento, vai empregar os recursos captados em três frentes principais:

Aprimorar a plataforma de pagamentos da

Incluir novas funcionalidades para melhor a experiência dos usuários dos alunos

Financiamento dos alunos e universidades

 

Fonte: Revista Exame

 

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