Publicado em 25/11/2021 - 11:23 / Clipado em 25/11/2021 - 11:23
Liberar máscaras em locais abertos só reflete o que já é realidade em SC
Por Renato Igor
A liberação de máscaras em ambientes abertos está de acordo com a realidade imposta pelos fatos. Já está assim nas praias, parques e em ambientes ao ar livre para parcela considerável da população. O avanço da vacinação, os números em queda de contaminados, internações e mortes são os indicadores que apontam para a medida adotada pelo governo de Santa Catarina. Quem foi às praias no final de semana passado raramente viu alguém usando a máscara.
As pessoas estão cansadas, reclamam dessa barreira de proteção e acreditam que já estando vacinadas ou por já terem contraído o vírus já seja o suficiente para dispensar as máscaras. Os especialistas apontam o sinal de alerta.
“Considero uma decisão prematura. Não deveria retirar agora. Minha pergunta é: por que tirar a máscara, se ela não causa problema algum, se ela é uma medida de segurança para todos? É importante notar que a queda no número de casos está acontecendo, nós estamos chegando aos números de abril de 2020, mas é preciso continuar a vacinação e, principalmente a utilização das máscaras e as medidas de distanciamento de segurança e de controle com as testagens. Tudo isso faz parte de um contexto para chegarmos ao objetivo e superarmos a pandemia”, alerta a Profª Dra. Soraya Smaili, farmacologista da Unifesp e coordenadora do Centro de Saúde Global da universidade e do Centro SoU_Ciência.
O enfrentamento à pandemia no mundo real e com as diversas realidades de cada país é uma mistura da ciência epidemiológica, social, cultural e econômica. É preciso esse equilíbrio.
A dispensa das máscaras em ambientes abertos e com distanciamento é um avanço esperado, porém não desprovido de um desafio. O agravamento da situação da Covid-19 na Europa é um sinal para ficarmos em alerta. Da mesma forma, outro desafio é a chegada da temporada de verão em Santa Catarina com aumento do fluxo e interação entre as pessoas.
É importante que o Estado faça campanhas de conscientização para não sinalizar à sociedade de que o problema está resolvido e que só nos livraremos da pandemia se a população colaborar.
Além disso, é foco na vacina e na busca dos fujões da imunização.
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