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Publicado em 09/09/2023 - 14:32 / Clipado em 14/09/2023 - 14:32

51,5% dos brasileiros querem condenação por mortes da Covid-19


Um estudo realizado pela Unifesp aponta, ainda, que 62,1% dos entrevistados responsabilizam o governo de Jair Bolsonaro.

 

 

 

São Paulo (SP) – A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) realizou um estudo em que 51,5% dos entrevistados manifestam interesse em que as pessoas associadas aos crimes pelas mortes da Covid-19 no Brasil devem ser julgadas e responsabilizadas.

O levantamento ainda apontou que 62,1% dos que participaram responsabilizam o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e o Ministério da Saúde.

A pesquisa foi feita pelo Centro de Estudos SoU Ciência e apurou que 76,5% dos entrevistados disseram ter acompanhado a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, comissão realizada no Senado Federal em 2021, e que esse acompanhamento foi essencial para dar embasamento às opiniões.

O estudo perguntou qual seria a forma para a reparação dos crimes. As três providências sugeridas pelo estudo para reparar os crimes que tiveram maior adesão foram: criar uma Comissão da Verdade para apurar os crimes (44,7%); indenizar as vítimas, crianças que perderam pai e/ou mãe (39%) e criar um Tribunal Especial para acelerar os julgamentos (38,3%).

“A Comissão da Verdade foi mais aceita entre pessoas do Centro-Oeste (58,7%), que ganham de três a cinco salários mínimos (53,3%) e que têm ensino superior (50,9%). E menos aceita entre quem estudou até o ensino fundamental (32,9%), recebe menos de um salário (35,0%) e têm entre 18 e 24 anos (36,3%)”, informou a Unifesp.

O estudo apurou que as indenizações foram mais aceitas entre as pessoas de outras religiões (45,1%) — grupo que reúne espíritas, candomblecistas, umbandistas, budistas, etc — que ganha de três a cinco salários mínimos (45,0%) e estudaram até o ensino médio (43,3%).

E menos aceitas entre os que estudaram até o ensino fundamental (28,8%), que ganham mais de cinco salários (31,1%) e menos de um salário (35,4%).

O tribunal especial foi mais aceito entre as pessoas de 25 a 34 anos (44,6%), sem religião (44,6%), e de outras religiões (43,9%). E menos aceito entre os que estudaram até o ensino fundamental (25,6%), que ganham até um salário mínimo e mais de cinco salários mínimos (28,7% e 32,5%) e que têm de 18 a 24 anos (32,5%).

 

(*) Com informações da Agência Brasil

 

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