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Publicado em 06/02/2023 - 07:17 / Clipado em 07/02/2023 - 07:17

Secretário de Saúde de SP fala em levar vacinas a escolas


• Secretário de Saúde de SP fala sobre vacinas, cracolândia, câncer e OSs • Evasão escolar no pós-pandemia • Cura para doenças renais? • Mortes prematuras por câncer diminuirão • Manifestações pela saúde na Bélgica •

 

 

 

Por Gabriel Brito

 

 

 

Eleuses Paiva, novo secretário de saúde do governo de São Paulo, concedeu entrevista ao jornal Estado de S. Paulo e elencou desafios no setor. Sobre a vacinação, disse que “quando a gente tinha 95% de cobertura vacinal em São Paulo, ninguém era obrigado, mas as pessoas se vacinaram porque existia essa relação que em algum momento foi cortada. Antigamente, na minha época, a gente não ia tomar vacina na UBS, a gente ia tomar vacina na escola. Então eu estou começando uma conversa com municípios para ver como a gente põe postos de vacinação nas escolas”. Quanto à fila de cirurgias e tratamentos, em especial câncer, disse ter o objetivo de zerá-la logo nos primeiros meses e que, antes de acionar a rede privada, é necessário esgotar todas as possibilidades de fazer isso dentro do sistema público.

 

Cracolândia, tratamentos de câncer, OSs, médicos

Na conversa com o Estadão, Eleuses Paiva abordou outros temas sensíveis à saúde pública do estado, em especial de sua capital. Sobre as condições dos usuários de crack que circulam pelo centro de São Paulo em condições miseráveis, falou em criar clínicas com tratamentos transitórios. Também destacou a urgência em diminuir a fila dos tratamentos do câncer, cujos diagnósticos mudam dramaticamente em caso de espera excessiva e da necessidade de contratar mais médicos para as unidades básicas de saúde, para o que seria necessário planos de carreira mais vantajosos aos profissionais. Sobre outro tema importante da saúde pública paulista, as chamadas Organizações Sociais, preferiu ser cautela. Apesar de destacar a importância de parceiros privados nos serviços da área, não sinalizou com ampliação deste modelo de gestão, alvo de críticas e denúncias de corrupção em distintos momentos.

 

Evasão escolar em massa

O censo da educação do MEC, realizado em parceria com o Inep, apontou que 2,3 milhões de estudantes abandonaram alguma instituição de ensino superior em 2021. Foram 2,19 milhões nas instituições privadas, contra apenas 165 mil nas públicas, uma disparidade que chama atenção. “Depois do impacto inicial da pandemia, a atuação das instituições públicas foi eficiente para conter os danos da pandemia sobre a permanência estudantil, provavelmente por terem oferecido condições um pouco mais adequadas de acolhimento dos estudantes, apoio e manutenção dos professores e à continuidade dos estudos”, explica a coluna Sou Ciência, na Folha de S. Paulo. No entanto, o artigo ainda destaca que a pandemia é apenas “meia verdade” da explicação, pois as evasões já vinham em toada significativa entre 2017 e 2020. Uma boa ilustração dos resultados práticos das políticas de austeridade reforçadas a partir da presidência de Michel Temer e da mitologia da eficiência do setor privado na prestação de serviços essenciais.

 

Uma cura para doenças renais?

Pesquisadores das universidades de Duke-NUS Medical School e do National Heart Center Singapore (NHCS), em Singapura, descobriram uma terapia que regenera as funções renais prejudicadas por disfunção crônica ou lesões. Como mostrou O Globo, por meio de uma carga de anticorpos testadas em cima da proteína interleucina-11, que regula cicatrizes, conseguiu-se recuperar as células do órgão e, dessa forma, recuperar os rins dos camundongos testados. A proteína IL-11 é responsável por desencadear a produção de cicatrizes em outros órgãos e os pesquisadores descobriram que no caso do rim ela causa um efeito cascata de fibroso e aprofundamento de lesões que levam à insuficiência renal.

 

Câncer: redução de mortes prematuras até 2030

Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer (INCA) divulgaram projeções de que a mortalidade prematura por câncer – que considera a faixa etária dos 30 aos 69 anos – deverá registrar redução no Brasil. No entanto, os números ainda devem ficar abaixo dos objetivos do milênio da ONU. Como mostra matéria da Agência Brasil, as projeções também revelam as desigualdades regionais que marcam o país, além do que Marianna Cancella, da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA, chama de “ocidentalização” da vida, que produz piora em hábitos alimentares e sedentarismo, o que se revela em determinados tipos da neoplasia. O INCA também explica que haverá um aumento de diagnósticos, o que em boa parte se deve ao envelhecimento populacional. “Tem que ter um acesso mais eficaz a todas as fases de controle do câncer: prevenção, diagnóstico precoce, tratamento, para poder garantir que tenha uma diminuição”, destacou a Marianna.

 

Trabalhadores belgas nas ruas contra austeridade e pela saúde

No dia 31 de janeiro, uma passeata em Bruxelas reuniu cerca de 20 mil trabalhadores de diversos setores para pedir que o governo pare de promover a precarização e valorize ramos não lucrativos do mundo do trabalho. O ato foi conduzido por sindicatos e partidos de esquerda, além de um movimento denominado La santé en lutte and Medicine for the People (Saúde em Luta e Medicina para o Povo). Sobre a saúde, a reivindicação é por melhores salários e jornadas de trabalho de no máximo 30 horas semanais. “Não somos máquinas. Queremos respeito pelo nosso trabalho, pelos nossos pacientes, pelos nossos residentes. Respeito pelo nosso tempo, pelos nossos recursos humanos e financeiro”, disse em comunicado o Partido Trabalhista, conforme publicação do People’s Dispatch.

 

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