Publicado em 30/11/2022 - 08:27 / Clipado em 01/12/2022 - 08:27
Ex-ministro Sérgio Rezende entrega hoje (30) relatório para a área de Ciência e Tecnologia, do governo Lula
A Rádio CBN Vale entrevistou nesta quarta-feira (30), o ex-ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Machado Rezende, que trabalho no período de 2005 até 2010, no governo do ex-presidente Lula.
Rezende faz parte do grupo de transição do presidente eleito Lula, e que entregará ainda hoje (30/11), o primeiro relatório referente às medidas consideradas urgentes para a área de Ciência e Tecnologia, a partir de 2023, quando o novo governo toma posse.
De acordo com o ex-ministro, o grupo formado por 14 integrantes, deverá entregar o relatório até a meia-noite desta quarta-feira, com informações sobre o que a equipe de transição considera mais urgente, com objetivo de reverter situações consideradas graves, como o corte de investimentos nas áreas de Ciência, Tecnologia e Educação, falta de estratégias de continuidade de políticas da pasta, além da falta de contratações de profissionais especializados para reposição de institutos como o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Já, em breve, deverá ser implementado também, outro relatório visando os primeiros 100 dias de mandato do presidente eleito Lula, com destaque para o aumento do valor pago às bolsas de estudo do CNPQ e da Capes, que está com o valor congelado desde 2013.
Os Ministérios da Ciência e Tecnologia e da Educação foram as pastas com o maior volume de recursos bloqueados no Orçamento de 2022. Os dados foram divulgados no dia 6 de junho, pelo Ministério da Economia, com base no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do segundo bimestre, publicado em maio pela Secretaria Especial do Tesouro e Orçamento.
Com R$ 2,5 bilhões contingenciados, o Ministério da Ciência e Tecnologia lidera o bloqueio. Em seguida, vem a Educação, com R$ 1,598 bilhão contingenciado. A Saúde ocupa a terceira posição, com R$ 1,253 bilhão. Os demais órgãos tiveram cortes abaixo de R$ 1 bilhão.
Não bastasse o bloqueio orçamentário de R＄ 438 milhões ocorrido na metade de 2022, às vésperas de finalizar seu mandato, o presidente Jair Bolsonaro, reduziu mais R＄ 1,7 bilhões do MEC, sendo R＄ 244 milhões das universidades federais, “o que representará a inviabilidade de sequência das atividades de muitas instituições”. O alerta é de Soraya Smaili, coordenadora do centro SoU_Ciência.
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