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 Site Repórter Diário - Santo André/SP

Publicado em 07/10/2022 - 19:50 / Clipado em 07/10/2022 - 19:50

Para Auricchio, Rodrigo Garcia ‘pagou o preço’ por ser vice de Doria



Carlos Carvalho


O primeiro turno das eleições causou um processo de preocupação dentro do PSDB, que pela primeira vez não teve candidatura a presidente, perdeu o Governo de São Paulo após 28 anos e viu sua bancada na Câmara Federal ser reduzida. Em entrevista exclusiva ao RDtv, o prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), colocou na conta de João Doria (PSDB) tais problemas e considera que Rodrigo Garcia (PSDB) “pagou o preço” por ser vice do empresário.



Auricchio nega saída do PSDB. “Não abandono o barco” (Foto: Reprodução)


“Acho que o governador Rodrigo Garcia pagou um preço. Primeiro de um ambiente polarizado que o País vive, mas ele pagou pela toxidade que foi o fato de ter sido vice-governador do governador João Doria, que hoje tem um quadro de rejeição altíssimo no meio político. Você observa que a presença dele se tornou quase que tóxica no meio político e o Rodrigo talvez pagou o preço de ter sido vice-governador e secretário de Governo”, analisou.

Para Auricchio, a “degradação partidária do PSDB” começou quando Doria vence as eleições de 2016 para prefeito de São Paulo, mas usando este fato para tentar ser candidato a presidente já em 2018, ano em que o partido teve como representante o ex-governador Geraldo Alckimin (atualmente no PSB).

O tucano considera que tal movimentação de Doria demonstrou “claramente que o valor para ele de sua candidatura pessoal era maior que o espírito partidário, inclusive de alguém que o tinha levado à política (Alckmin). Ele demonstrou que os valores do PSDB estavam na lata do lixo. Nós estamos pagando um preço por isso”.

O tucanato viu sua bancada na Câmara Federal ser reduzida de 29, em 2018, para 13, sendo três nomes de São Paulo. Na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), o partido ganhou uma cadeira, subindo de oito para nove, fora o fato de a federação com o Cidadania aumentar o número para 11. Porém, atrás das bancadas do PL e da federação PT/PV/PCdoB que contaram com 19 deputados estaduais cada.

José Auricchio Júnior afirmou que não vai deixar o partido e que quer participar do processo de reconstrução, porém, considera que todos ainda devem aguardar os resultados do segundo turno. O tucanato ainda conta com quatro nomes na disputa: em Mato Grosso do Sul Eduardo Riedel enfrenta Renan Contar (PRTB); no Rio Grande do Sul Eduardo Leite enfrenta Onyx Lorenzoni (PL); na Paraíba Pedro Lima disputa com João Azevedo (PSB); e em Pernambuco Raquel Lyra disputa votos com Marília Arraes (Solidariedade).


Thiago Auricchio

Apesar do processo de reflexão em seu partido, Auricchio segue feliz com a reeleição de Thiago Auricchio (PL) como deputado federal e superando os 30 mil votos só em São Caetano. Para o prefeito, seu filho entra em um cenário diferente, em uma Assembleia mais a direita e com muitos na defesa de valores conservadores, mesmo assim vê que a experiência de Thiago falará mais alto.

“Acho que nesta candidatura o Thiago conseguiu agregar não só a imagem dele enquanto deputado, com o que ele fez ao longo do mandato. Acho que ele teve uma pauta muito interessante, convergente com temas contemporâneos, sobretudo na questão do combate a violência contra a mulher”, disse o prefeito.


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Seção: Política