Publicado em 01/08/2022 - 16:04 / Clipado em 01/08/2022 - 16:04
ABC tem mais de 2,5 mil alunos diagnosticados com déficit de atenção
Gabriel Negri
Dia 1º de agosto marca o início da semana de conscientização sobre o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade). O objetivo é alertar a população sobre o diagnóstico e tratamento precoce. Em três cidades do ABC são, em média, 2,5 mil estudantes na rede pública com resultado clínico já comprovado para TDAH.
Também conhecido como DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção), TDAH pode ser definido como um transtorno neurobiológico, de causas hereditárias, que aparece na infância e tende a acompanhar o indivíduo por toda a vida. Os sintomas mais comuns são desatenção, inquietude e impulsividade.
A psicóloga e psicopedagoga do Centro Universitário da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Alessandra Bernardes Caturani, explica que o tratamento para a doença precisa, antes de tudo, ser muito bem diagnosticado, pois o resultado clínico deve ser realizado com uma avaliação multidisciplinar. “O diagnóstico com essa equipe é importante para não só detectarmos se o indivíduo tem transtorno, mas também termos uma noção melhor do que é, até para traçarmos o perfil de um quadro transitório ou permanente”, explica.
Ainda de acordo com a especialista, no caso de um quadro clínico confirmado, a dosagem medicamentosa traz benefício eficiente no tratamento dos sintomas mais persistentes. “Por isso a importância de um diagnóstico precoce, caso haja dúvida ou algum tipo de sintoma”, alerta.
Números no ABC
Dos mais de 2,5 mil alunos com deficiência ou transtorno de aprendizagem, 2 mil estão em São Bernardo. Para acompanhar os estudantes, a rede de ensino oferece, no contraturno escolar, professores especialistas, além de equipe multidisciplinar composta por fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, assistente social e fonoaudiólogo. Em Santo André, 65 alunos são acompanhados por equipe multidisciplinar. Os profissionais que atuam no serviço têm contato com os assistentes pedagógicos das unidades escolares, mediante a agendamento para orientações à escola e andamento das ações dos professores junto às crianças.
Em Diadema atualmente são 450 estudantes matriculados, entre diagnóstico ou hipótese diagnóstica para deficiência e transtorno de aprendizagem. Na cidade, os alunos recebem as mesmas condições de aprendizagem e desenvolvimento que os demais. “Além de participarem de forma integral, estão inclusos nos programas e projetos inclusivos que o município oferece. Em casos de maior necessidade, são oferecidos o profissional de apoio, além do Serviço da Educação Especial”, esclarece a Prefeitura.
As demais cidades não retornaram até o fechamento da reportagem.
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Seção: Saúde