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Publicado em 12/06/2022 - 08:17 / Clipado em 12/06/2022 - 08:17

Grupos com ciclo vacinal incompleto continuam a preocupar municípios



Carlos Carvalho

O Brasil vive a chamada “quarta onda” da covid-19. O número de casos subiu nas últimas semanas, porém, as internações ainda não cresceram em decorrência da ampla vacinação. Mas os municípios seguem preocupados com aqueles que não se vacinaram ou que não completaram o ciclo vacinal com as doses de reforço, principalmente idosos com 60 anos ou mais com comorbidades.

Em São Bernardo, segundo dados da Prefeitura, 85% dos pacientes internados por covid-19 não tomaram todas as doses para seu grupo e 80% têm mais de 60 anos. Até a última sexta-feira (10/6), mais de 668 mil doses de reforço foram aplicadas.

“A baixa cobertura vacinal é um fator preocupante e relevante para o agravamento da doença, por isso fazemos um apelo para que a população busque uma unidade de saúde para completar o ciclo vacinal. Em São Bernardo, todas as UBSs ofertam a vacina, sem necessidade de agendamento”, de acordo com o secretário Geraldo Reple Sobrinho.

No caso de São Caetano, as internações prevalecem entre os idosos com mais de 70 anos que tomaram duas ou três doses da vacina (sendo que este grupo está apto a tomar a quarta dose) e os menores de cinco anos, grupo ainda não contemplado com a autorização para a imunização. Na cidade, 132 mil pessoas tomaram as doses adicionais, porém, a baixa adesão da quarta dose para quem tem 60 anos ou mais ainda preocupa a equipe de Saúde.

“Sem dúvida. Estamos iniciando o período de outono/inverno, época que aumentam os casos de síndromes gripais e, temos a covid-19 ainda circulando. A adesão à vacinação tanto para as doses adicionais da covid-19 quanto a da Influenza, são efetivas e fundamentais para controlar a pandemia. A maioria das vagas covid nos hospitais tem sido ocupada com a internação de idosos que não completaram o esquema vacinal ou tomaram as doses reforço”, explica a Secretaria de Saúde.

Nas últimas quatro semanas em Diadema, 20 pessoas foram internadas com covid-19: três entre 0 e 4 anos, duas entre 5 e 9 anos, duas entre 30 e 39 anos, uma entre 40 e 49 anos, duas entre 50 e 59 anos, quatro entre 60 e 69 anos, três entre 70 e 79 anos, e três com 80 anos ou mais. O perfil vacinal dos internados não foi divulgado.

Até o momento foram 212 mil pessoas que tomaram a terceira dose e 30,2 mil procuraram os postos para a quarta dose. Sobre a quinta dose para o grupo com 60 anos ou mais e imunossuprimido ainda não há dados disponíveis. A maior preocupação da Prefeitura é a vacinação de reforço das pessoas mais jovens e em idade economicamente ativa, e que seguem sem completar seu esquema vacinal.

“A vacinação é uma das principais formas de prevenir a covid-19 e é fundamental que os moradores tomem as doses recomendadas para sua faixa etária para cortar a transmissibilidade da doença, evitar riscos como os casos graves, internações e óbitos ou ainda o surgimento de novas variantes. A pandemia não acabou e reforçamos a orientação que as pessoas busquem nossas Unidades Básicas de Saúde para completar o quanto antes seu esquema vacinal”, aponta a secretária de Saúde, Rejane Calixto.

Em Mauá são oito pessoas internadas, com idade entre 63 e 86 anos, ou seja, grupo que já pode tomar a quarta dose, e se for imunossuprimido pode tomar a quinta dose. Entre os internados, apenas uma pessoa conta com vacinação completa. Seis têm alguma comorbidade. Sobre a vacinação adicional, os grupos abaixo dos 30 anos são os que menos procuram os postos de saúde para a aplicação. Entre 20 e 29 anos a cobertura é de 39,48% e entre 12 e 19 anos a cobertura vacinal é de apenas 16,69%.

Em Ribeirão Pires, o último paciente internado com o novo coronavírus tinha 69 anos, sofre de sequelas de um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e tinha tomados apenas duas doses. Atualmente 69,5% da população que pode tomar a terceira dose da vacina procurou as unidades de saúde, para a quarta dose a cobertura é de 56% do público alvo

“Sim, não só no Município de Ribeirão Pires, mas em todo o colegiado das cidades do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, pois a falta de compromisso de algumas pessoas com a saúde coletiva, traz preocupação à gestão pública, porque é exatamente essa pessoa que não se vacinou que pode precisar de um leito amanhã”, diz Audrei Rocha, secretário de Saúde de Ribeirão Pires.

As demais cidades não responderam aos questionamentos da equipe do RD.


https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3114101/grupos-com-ciclo-vacinal-incompleto-continuam-a-preocupar-municipios/

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Seção: Saúde