Aguarde ...
Publicado em 10/06/2022 - 08:00 / Clipado em 10/06/2022 - 08:00
S.Caetano quer mais tecnologia em sala de aula e planeja ampliar o integral
George Garcia
A prefeitura de São Caetano quer ampliar o número de computadores portáteis para os alunos dos ensinos Fundamental e Médio e também estuda ampliar o número de escolas com ensino integral para o próximo ano. As informações são da secretária municipal de Educação, Minéa Fratelli em entrevista ao RDTv desta quinta-feira (09/06) apresentado pelos jornalistas Carlos Carvalho e Leandro Amaral. Ela também detalhou como está acontecendo o plano de recuperação do conteúdo por conta dos dois anos de ensino remoto, motivado pela pandemia da covid-19.
“Fizemos avaliação para saber as lacunas deixadas pela pandemia nos estudantes. No nosso planejamento um dos aspectos é a acolhida, falar sobre os lutos vividos nestes dois anos de pandemia e um segundo aspecto tem a ver com a aprendizagem. Essa avaliação foi fundamental para nos mostrar quais eram os desafios relacionados aquilo que era preciso ensinar para as crianças. Fizemos avaliação pra todos os anos do ensino Fundamental e Médio, uma sondagem com as crianças do ciclo de alfabetização e ela nos mostrou aqueles conteúdos que precisaríamos investir neste primeiro semestre. Aí fizemos um grande programa de retomada e uma parte importante é a recuperação e o reforço escolar. Houve um planejamento para que isso acontecesse no período em que as crianças estudam com os professores e no contraturno. Aqueles que estão com mais dificuldades estão no contraturno com professores específicos fazendo essa recuperação”, detalhou a professora.
Avaliações
Segundo a secretária a disciplina de matemática é apresenta mais dificuldade, muito mais do que a de língua portuguesa. “Fizemos um esforço em organizar, a dificuldade está especialmente nas séries de alfabetização, principalmente naqueles que não completaram a pré-escola ou que passaram o primeiro e o segundo anos na pandemia. Nós tivemos que fazer um projeto específico, um esforço grande, para alfabetizar essas crianças e a recuperação é especificamente em português e matemática nesse contraturno escolar”, explica Minéa.
Minéa disse que outras duas avaliações serão feitas, uma em agosto, após a volta do recesso escolar e outra no final do ano para verificar se o programa de recuperação foi suficiente ou se precisará ser ampliado. “Faremos três grandes avaliações este ano para que a secretaria possa acompanhar muito de perto aquilo que as escolas estão fazendo. Fizemos em fevereiro para entender as defasagens da pandemia, a do meio do ano ela serve para nos dizer o que conseguimos avançar até, e no final do ano a mesma coisa. A avaliação serve muito mais do que só dar uma nota para a criança e o adolescente, mas para corrigir os rumos do professor, da escola e da política educacional como um todo. Quando a gente faz nos dá indícios, indicadores, para que tenha capacidade de corrigir rumos, se for preciso, contratar outros professores, e também quais alunos saem do programa, quais ficam”, detalha.
Covid
Segundo Minéa os casos de covid entre alunos são poucos e estão controlados, já entre os profissionais da educação eles são maiores. “Tivemos mesmo esse aumento de casos de covid desde a retomada em fevereiro e os números em relação aos estudantes eles não são grandes, estão controlados. Eu tive um aumento maior em relação aos funcionários. O protocolo está passando por revisão essa semana, inclusive o consórcio e os secretários fazem reunião para identificar se é necessário que a gente mude alguma coisa no protocolo. Deixamos de ter aula em uma sala específica quando há três ou quatro crianças, ou educadores positivados e a escola inteira só fecha quando o número de positivados é muito grande”, disse a secretária de Educação que citou o caso de uma escola inteira que foi para o ensino remoto dado o grande número de casos.
Apesar da alta dos casos positivos para o novo coronavírus o impacto da doença no ensino é considerado pequeno. “Essa situação não impacta o nosso planejamento de retomada, até porque, quando a gente entra no período de outono e inverno, já temos um grande número de crianças com síndromes gripais que frequentemente faltam, mas fazem as atividades em casa e há todo um processo junto aos professores para que isso aconteça. Na sexta-feira nós tínhamos 20 casos de crianças positivadas num universo de 22 mil, então esse número impacta muito pouco. Temos outras faltas por febre ou garganta doendo e não necessariamente porque foi covid. Isso não impacta, quando é o professor que está doente temos estratégias para isso, temos professores contratados para que todos continuem aprendendo”, disse Minéa que acrescenta que os professores em geral já estão vacinados inclusive com doses de reforço para a covid e também Influenza. “Aqueles que não se vacinaram é porque houve recomendação médica para não vacinação”.
A secretaria de Educação de São Caetano quer manter o plano de professores de reforço pelo menos até o final do ano, mesmo que a necessidade de reforço seja menor no decorrer do ano. “Mesmo que a gente tenha um número menor de estudantes fazendo reforço esse professor permanece dedicado a isso até dezembro, dando conta de qualquer aluno que precise de reforço, inclusive alunos que vão bem nas avaliações, mas querem tirar alguma dúvida, aprender um pouco mais sobre alguma questão ou conteúdo. Só vou contratar mais professores se eu ainda tiver um número muito grande de crianças precisando do reforço e que aquele grupo não dá conta. Pensamos em trazer mais pessoal para a sala de aula como estudantes de pedagogia, de letras de matemática para auxiliar os professores na sala de aula também”, adianta a secretária.
Minéia Fratelli disse que no ano que vem será feito um planejamento para verificar a necessidade de ampliar o ensino integral. “Já temos muitas escolas de Ensino Fundamental que têm ensino integral, todas as nossas unidades de Educação Infantil são de ensino integral. No final do ano, observando a questão orçamentária e do espaço das escolas, se tiver necessidade a gente amplia”. Falando de espaço físico o plano é de construir uma nova escola em local ainda não definido e fazer uma grande reforma na Escola Alcina Dantas Feijão, que atende ao Ensino Médio. “É uma escola importante para São Caetano e muito reconhecida. O que a gente tem é que deixá-lo com um espaço melhor”.
Tecnologia
A prefeitura vai ampliar o número de computadores portáveis para os alunos da rede municipal e estuda contratar plataformas de ensino fazendo a tecnologia cada vez mais presente no ensino. “A gente tem as lousas interativas, há os cromebooks para que eles façam a atividade escolar. A gente tem que ampliar esses cromebooks existentes para que a gente possa na aula, não só usar a lousa interativa que já faz muita diferença, mas também para que os estudantes possam fazer as atividades no próprio computador no momento da aula. O que a gente tem de plano é fazer a contratação de plataformas para que os alunos possam fazer uso disso e aprender mais. São ações que vamos fazer para o ano que vem de modo que esse ensino se torne mais interessante e para que as crianças usem essa habilidade que eles têm de usar a tecnologia para aprendizagem”, finaliza.
Veículo: Online -> Site -> Site Repórter Diário
Seção: Educação