Publicado em 06/05/2022 - 07:22 / Clipado em 06/05/2022 - 07:22
Postos do ABC já foram comunicados sobre preços com só duas casas decimais
George Garcia
O Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do ABCDMRR) já comunicou os donos dos cerca de 350 postos de combustíveis da região sobre a nova norma de divulgação de preços, com apenas dois dígitos nas casas dos centavos. A regra estabelecida pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) passa a valer neste sábado (7/5) em todo o País.
Para o presidente do Regran, Roberto Leandrini Júnior, trata-se de uma mudança simples e que em nada vai implicar para os comerciantes do setor. “É uma coisa simples, é só tirar, porque estava muito número e isso acabava confundindo a cabeça do consumidor. O Procon pediu e a ANP concordou então agora esse milésimo de centavo cai fora”, comenta.
De acordo com a determinação da agência reguladora, a regra vale para as placas com preços e também para as bombas. No caso dos equipamentos de abastecimento, que têm a terceira casa após a vírgula, o número não poderá ser arredondado nem para mais nem para menos, o terceiro número terá que ser zero. Por exemplo, se o preço do produto era R$ 7,999, não poderá ser arredondado para R$ 8,000 e sim para R$ 7,990. Na bomba o dígito zero tem que ficar travado não pode variar conforme o abastecimento. Para o representante dos donos dos postos não haverá prejuízo algum com a medida. “Para os revendedores não vai mudar nada esse milésimo, não vai fazer diferença nenhuma”, disse Leandrini Júnior.
Procon
O Procon considera a medida muito positiva e que vai ajudar o consumidor na pesquisa de preços. “Com certeza essa medida vai fazer valer o direito do consumidor para que ele tenha acesso aos preços de maneira mais clara e transparente”, disse a diretora do Procon andreense, Doroti Cavalini.
Para Doroti o terceiro dígito após a vírgula tem que ser zero e estar travado e o consumidor deve observar isso na bomba. “Os Procons municipais podem aplicar multa e até a cassação da licença do posto que não obedecer à norma. Achei que houve um avanço no campo do direito do consumidor que estamos precisando, mas demorou para acontecer”, analisa.
Preços
Segundo a ANP, o preço médio da gasolina no ABC entre os dias 24 a 30 de abril estava em R$ 6,999 e há expectativa de novos aumentos, o que para o setor é ruim segundo Roberto Leandrini Júnior. “Há boatos de que vai aumentar, mas também é grande a expectativa de que os preços permaneçam mais estáveis, para nós o aumento não é bom pois a queda do movimento nos postos é muito grande. As pessoas estão procurando alternativas para não gastar combustível, muita gente está deixando o carro em casa, com isso a queda do faturamento já é de 30% desde o dia 11 de março quando teve aquele aumento grande de quase 20%”, estima o presidente do Regran que acredita que a crise é temporária. “Eu acho que vai passar, só tem que terminar a guerra na Europa que eu acredito que vai melhorar”, estima.
Veículo: Online -> Site -> Site Repórter Diário - Santo André/SP
Seção: Economia