
Publicado em 27/04/2022 - 18:24 / Clipado em 27/04/2022 - 18:24
Santo André aumenta vida útil de aterro para até 2024
Carlos Carvalho
O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), anunciou nesta quarta-feira (27/4) que a vida útil do aterro sanitário da cidade foi ampliada para que o local receba resíduos sólidos até 2024 e com a possibilidade de novas ações para ampliação antes do fim de seu mandato. O Poder Executivo também busca novas alternativas para a destinação final do lixo. O investimento da nova ampliação foi de R$ 5 milhões.
A nova ampliação criou espaço para o armazenamento de mais 500 mil toneladas ao longo dos próximos 32 meses. “Somada essa ampliação com o aumento da reciclagem, que estamos investindo muito através do ‘Moeda Verde’ e tantos outros programas, nós resolvemos o problema do aterro, da capacidade do aterro até o final de 2024. Ganhamos um pouco mais de dois anos de vida útil e isso tem um impacto não só ambiental, mas também nas contas do município”, disse o chefe do Executivo.
A estimativa da Prefeitura de Santo André é que ainda é possível aumentar o tempo útil em mais 10 anos, o que cria a necessidade de uma ampliação nos investimentos em reciclagem, fato que reduz a quantidade de lixo que necessitaria seguir para o equipamento sanitário.
Para Serra, o fato de Santo André não ter que mandar os resíduos sólidos para aterros particulares em outros municípios economiza dinheiro público que acaba sendo utilizado para o investimento em outras áreas, como exemplo, o processo da reciclagem, a coleta de lixo e a possibilidade de alternativas de destinação como a criação de uma Usina de Recuperação Energética (URE) que gera energia através da queima dos resíduos. Segundo o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), a economia esperada com os novos investimentos é de R$ 40 milhões.
Essa medida chegou a ser encaminhada para ocorrer em São Bernardo, porém, com o rompimento do contrato com a SBC-VR, que construiria o equipamento no antigo aterro do bairro Alvarenga, tal cenário foi descartado. Em Barueri será construída a primeira usina deste tipo, com investimentos de R$ 600 milhões.
Em Mauá, a empresa Lara, que recebe os resíduos sólidos dos demais municípios da região, também anunciou a construção da URE. Somando com as futuras usinas do Caju, no Rio de Janeiro, e Consimares, na região metropolitana de Campinas, o investimento geral no Brasil neste tipo de equipamento será de R$ 4 bilhões, segundo estima a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (ABREN).
Histórico
O aterro andreense recebe 100% dos resíduos úmidos gerados na cidade, ou seja, 19 mil toneladas por mês. As obras de ampliação do espaço foram divididas em três etapas. As intervenções permitiram ampliar a área de disposição de lixo em 30%, passando de 217 mil metros quadrados para os atuais 280 mil.
O local, cuja gestão é do Semasa, é um dos equipamentos públicos mais bem avaliados pela Cetesb, com nota 9,4. Aberto em 1986, o aterro integra o Centro de Tratamento de Resíduos (CTR), que abriga ainda as duas cooperativas de reciclagem parceiras do município, responsáveis pela triagem e venda dos materiais recicláveis oriundos da Coleta Seletiva, o ecoponto especial de pneus de grandes geradores e as lagoas de chorume (líquido percolado proveniente da decomposição do lixo orgânico).
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Seção: RDtv, Política