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Publicado em 19/04/2022 - 15:04 / Clipado em 19/04/2022 - 15:04

Fernando Marangoni anuncia dobrada principal com Carol Serra



George Garcia


O ex-secretário de Habitação de Santo André e ex-secretário executivo da Habitação do Estado, Fernando Marangoni (União Brasil), vai disputar uma vaga na Câmara Federal e diz que a dobrada principal será com a primeira dama de Santo André e presidente do Fundo Social andreense, Ana Carolina Barreto Serra (Cidadania), que será candidata a deputada estadual. Em entrevista ao RDTv, nesta terça-feira (19/4), o ex-secretário disse que está disposto a fazer também outras dobradas com os deputados pré-candidatos a reeleição, Thiago Auricchio (PL), Carla Morando (PSDB) e Márcio Paschoal Giudício, o Márcio da Farmácia (Podemos).

Marangoni disse que, apesar de ter feito um trabalho por mais de três anos na Secretaria Estadual de Habitação, que lhe garantiria votos por todo o Estado, o epicentro da campanha será Santo André. “É a minha cidade, onde exerci meu primeiro cargo público, onde tenho meu escritório, minha empresa. É Santo André onde deve ter um peso de 40% a 50% dos votos. Na presidência do programa Cidade Legal nestes três anos e quatro meses, naturalmente a gente trabalhou em todo o Estado, isso naturalmente também vai trazer uma votação pulverizada e a gente espera que venha o reconhecimento. Entregamos mais de 58 mil títulos de propriedade, vamos superar a meta de colocarmos de 60 mil, que já era muito ousada”, analisa.


Dobradas

“Tenho parceria de muitos anos com o prefeito de Santo André, Paulo Serra, e a Carol lançou sua campanha a estadual e é a nossa grande dobrada em Santo André, mas vamos ter uma série de dobradas no Estado. Ela faz um trabalho no Fundo Social, além disso Santo André está sem representante tanto na Assembleia Legislativa como na Câmara Federal. Estamos conversando também com Thiago Auricchio, com a Carla Morando, como também com o Márcio da Farmácia. Se eu puder dobrar com todos esses deputados estaduais será muito bom”, diz Marangoni.

Filiado ao Democratas por mais de 10 anos, partido que se fundiu ao PSL para formar o União Brasil, Fernando Marangoni diz que pretende ocupar uma lacuna na Câmara Federal pela falta de representação andreense naquela esfera do Legislativo e pela defesa da habitação como prioridade de governo. Esses dois fatores mais a polarização política do País o fizeram definir pela candidatura. “O que tem acontecido na política nos últimos anos, com essa polarização, traz uma guerra de narrativas e poucas políticas públicas. Depois enxergo uma deficiência de representatividade da nossa região na Câmara Federal e, enfim, uma pauta que me dedico desde que fui secretário do prefeito Paulo Serra, uma pauta extremamente sensível; estou falando da produção habitacional, falando da crise das cidades que têm 25% em média da população vivendo em assentamentos precários e a ONU (Organização das Nações Unidas) diz que isso vai crescer, fizeram definir minha candidatura”.

O pré-candidato a deputado federal diz que vai evitar polemizar discursos de esquerda ou direita, apesar de admitir as dificuldades de financiamento federal para programas habitacionais. ” Eu acredito na força do trabalho, por isso que não vou entrar em discussão ideológica. Eu sou contra falar de esquerda e direita, estou cansado dessa discussão, tem que falar de propostas que sempre vão ter de ambos os lados. É isso que está faltando, quando a gente quebrou diversos paradigmas em Santo André e no Estado foi fazendo isso, olhar para onde as pessoas estão sofrendo e pensar soluções e políticas públicas. Eu não vou entrar em pauta ideológica, pois é um erro, achar que uma política vai excluir a outra, porque uma pauta liberal não pode conviver com uma política progressista?  Assim nenhum dos lados avança. O Brasil está cansado disso e o eleitor vai dar o recado na eleição”, diz.

Para a futura campanha, Marangoni diz estar bem preparado principalmente pelo trabalho que desenvolveu como secretário municipal como também como secretário executivo da pasta de Habitação no Estado. “Essa experiência me enriqueceu muito. Eu nunca fui candidato. Eu me entendo hoje preparado para poder contribuir. Eu tive uma experiência riquíssima em Santo André e quando fui para o Estado conseguiu enxergar uma situação maior e tive que atuar no Estado todo, são situações diferentes, Vale do Ribeira tem uma realidade,  no Extremo Oeste é outra. Esse conhecimento desses pontos distintos me enriqueceu muito”, afirma.


Minha Casa Minha Vida

Com a experiência de lidar com a área da habitação, Marangoni arrisca falar da esfera federal, dos erros e acertos do Programa Minha Casa Minha Vida que no governo Jair Bolsonaro passou a se chamar Casa Brasileira. “Houve erros e acertos e tem que discutir isso com a sociedade de forma ampla, para que a gente possa ter números importantes de produção habitacional com qualidade. Temos a primeira PPP (Parceria Público-Privada) de habitação da América Latina em São Paulo que é um exemplo claro disso, um projeto muito audacioso mais de 3,6 mil unidades entregues na área central da Capital, para que pessoas que moravam longe do trabalho, que tinham que se deslocar mais de uma hora para o trabalho. Requalificamos o Centro, foi um trabalho técnico e social. O primeiro empreendimento na rua São Caetano, entregue há três anos, as pessoas continuam morando lá”, disse o secretário sobre os êxitos do projeto. “O Estado entrou com R$ 450 milhões o resto foi pela PPP, custa menos para o Estado esse é um exemplo que eu sigo. Precisa colocar o dedo na ferida. Numa cidade bem organizada a gente tem impacto em todas as áreas”, explica.

Marangoni tem um apreço especial com o programa Viver Melhor, que, segundo ele traz um auxílio mais completo às famílias que precisam de moradia com qualidade de vida. O programa qualifica habitações com pequenas reformas como impermeabilização e garante também o título de propriedade do imóvel. “O déficit qualitativo é três vezes maior do que o déficit quantitativo. Aí vem o Viver Melhor que a gente entra na casas de pessoas que têm índice de vulnerabilidade muito alto e vem requalificando esses espaços. Eu falo de ligação de esgoto, ventilação adequada, impermeabilização dessa moradia que tem impacto na saúde, do acesso à moradia, tem casos que quando chove as crianças não conseguem ir para a escola. É o pano de fundo da habitação, problemas respiratórios das crianças têm nessas moradias com mofo. A qualidade da moradia traz diversos outros benefícios correlatos, a fachada é um plus para as pessoas se sentirem melhor com suas casas. Ele (projeto de reforma) vem acompanhado de regularização fundiária”, destaca.


Jardim Santo André

Marangoni, ao responder pergunta de internauta morador da rua Toledanas, no Jardim Santo André, disse que o governador Rodrigo Garcia já autorizou o início de obras no bairro andreense e que as intervenções devem começar em 15 dias. “O governador Rodrigo Garcia destinou R$ 33 milhões para o Jardim Santo André e rua Toledanas está contemplada. Isso vem acompanhado da regularização fundiária. Com certeza tem uma parceria muito grande do Cidade Legal com Santo André, entregou no Centreville, Tamarutaca e Sacadura Cabral. As obras no Jardim Santo André se iniciam em 15 dias na primeira semana de maio, já está licitado, contratado e o Rodrigo Garcia já assinou ordem de serviços. O prazo é de mais ou menos 36 meses”, anuncia.

Ao responder sobre seu trabalho na pasta de Educação estadual e sobre como isso pode ser convertido em votos, Marangoni disse que espera apenas reconhecimento. “Minha preocupação não é converter (esse trabalho) em votos. Criamos programas na Secretaria e vamos bater outra meta, de 100 mil ou mais unidades entregues, parte em obras, então esperamos o reconhecimento do trabalho e o debate dos temas. Me preocupo em mostrar esse trabalho à população”, finaliza.


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Seção: Política