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 Site Repórter Diário - Santo André/SP

Publicado em 19/04/2022 - 07:52 / Clipado em 19/04/2022 - 07:52

População de rua aumenta mais de 60% em nove meses



Por George Garcia


A população em situação de rua no ABC aumentou em média 60% nos últimos nove meses, contados desde julho de 2021. Não há uma estimativa total do número de pessoas sem teto na região, pois nem todas as prefeituras informaram, mas as que apresentaram os números revelam a alta muito significativa; considerando apenas Santo André, Diadema e São Caetano, a alta foi de 67,66%, passando de 501 pessoas para 840 pessoas vivendo nas ruas. As cidades mantêm albergues noturnos e outros atendimentos, mas o número de vagas não acompanha a demanda.

A cidade com maior alta no número de moradores de rua é Santo André. Em julho de 2021 a prefeitura informava que 300 pessoas estavam vivendo pelas ruas esse número saltou para 520 neste mês de abril, uma alta de 73,33%. De acordo com a administração municipal desse total 315 estão em acolhimentos e albergue e 205 não acessam ou acessaram os serviços esporadicamente. Nem todas as pessoas aceitam acolhimento quando abordadas pelo serviço social, mas se aceitassem o número de vagas seria insuficiente. A prefeitura informou que mantém convênio com Instituição Lídia Polone que disponibiliza 95 vagas para albergue noturno e que fica na rua Murici, na Vila Helena. Os encaminhamentos são realizados através do Centro POP (Centro de Referencia Especializado em População em situação de rua).

Durante o dia também há atendimento no Centro POP e no SEAS (Serviço Especializado em Abordagem Social), Serviço de Refeitório e Lavanderia, que são serviços complementares. Todos estão situados no mesmo espaço físico, na avenida Queiros dos Santos, 736 – Centro. Outra preocupação é em relação à vacinação contra a covid-19 dessas pessoas. Segundo a prefeitura 96% deles foram imunizados.

Depois de Santo André a população em situação de rua que mais cresceu está em Diadema, que tinha 150 pessoas estimadas nesta condição em 2021 e agora tem 250 segundo nova estimativa do paço diademense, uma alta de 66,66%. A prefeitura também mantém um Centro POP para atendimento desse público durante o dia, mas à noite são apenas 70 vagas no abrigo noturno. A prefeitura informou que 70% dos moradores em situação de rua foram vacinados contra o novo coronavírus.

Em São Caetano o número de pessoas nas ruas é 70 e estas estão cadastradas pela prefeitura. Em agosto de 2018 eram 51, alta de 27,14%. A prefeitura informa que essa estimativa pode ser facilmente ultrapassada por conta de pessoas que estão de passagem pela cidade. O município informa que há atendimento durante o dia, com abordagem do serviço social e também em parcerias com entidades parceiras. Atualmente a prefeitura de São Caetano faz a abordagem com pessoal próprio, são cinco funcionários da administração neste trabalho, mas a prefeitura já anunciou que vai contratar uma empresa especializada para cuidar desse público, mas a licitação está sendo preparada. Dos 70 moradores das ruas, 64 deles, ou 91,4%, foram vacinados contra a covid-19.

A prefeitura de São Bernardo, não estimou o número atual de pessoas que vivem nas ruas. Em dezembro de 2018 eram 365 pessoas e em julho de 2021 o número saltou para 450. “O município conta com o Centro de Acolhimento 24 horas, com capacidade para receber até 150 pessoas para pernoite, com oferta diária de café da manhã, almoço, café da tarde e jantar, área para banho, kit de higiene, abrigo para carrinhos e canil. Outra opção disponibilizada à população em situação de rua é o Centro de Convivência e Moradia Provisória, com oferta de 30 vagas masculinas, destinadas a adultos e idosos que utilizam espaços públicos como forma de moradia ou sobrevivência”, informou a prefeitura, em nota. A administração sustenta ainda que todos os moradores de rua cadastrados foram vacinados.

A prefeitura de Ribeirão Pires estimou em cinco, o número de pessoas em situação de rua e consideradas “crônicas” e diz também que elas são monitoradas pela prefeitura. Há 17 anos a Casa do Migrante, conhecida hoje como Casa de Acolhida acolhe a população de rua e tem capacidade para 40 pessoas. Na segunda-feira (18/04) o local tinha 39 pessoas, 34 dos quais são homens. A ocupação varia diariamente. A entidade faz abordagem de pessoas em situação de rua e também recebe aquelas que buscam o serviço espontaneamente através dos equipamentos do Serviço Social (CRAS – Centro de Referência de Assistência Social, CREAS – Centro de Referência Especializado de Assistência Social, ou ainda através de outras políticas públicas existentes no município. No local recebem atendimento social, psicológico e tem acesso a banho, corte de barba e cabelo, além de troca de roupas. As cinco pessoas acompanhadas pela prefeitura foram vacinadas.



https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3089869/populacao-de-rua-aumenta-mais-de-60-em-nove-meses/

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Seção: Cidades