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Publicado em 10/02/2022 - 18:08 / Clipado em 10/02/2022 - 18:08

Cidades contatam pais para saber sobre faltas nos primeiros dias de aula



George Garcia 


Nem todos os alunos comparecem nos primeiros dias de aula nas redes municipais das cidades do ABC. Segundo levantamento feito pelas prefeituras a pedido do RD a volta presencial às aulas variou bastante com o índice mais baixo que foi de apenas 30% de presença nas creches de Santo André. O município, bem como Ribeirão Pires, já procura levantar quais foram os motivos das faltas.

Em Santo André na terça-feira (08/02), primeiro dia de aulas, retornaram presencialmente 30% dos alunos das creches, 69% dos alunos das Emeiefs (Escolas Municipais de Ensino Infantil e Fundamental) e 45% dos alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos). A cidade deixou como opção para os pais o ensino remoto. “Para os alunos que não comparecerem presencialmente e não informaram para a direção da escola a opção pelo ensino remoto ou não justificaram a ausência, informamos que conforme rotina administrativa das unidades escolares, nos próximos dias serão iniciados os contatos com as famílias”, explicou a administração. A estrutura para aulas online será incorporada na rotina escolar, segundo explica a prefeitura em nota. “A prefeitura está distribuindo tablets com acesso à internet para todos os alunos da rede. Até o momento mais de 8.500 equipamentos foram distribuídos”, destacou.

Em Ribeirão Pires são 6,8 mil alunos matriculados, mas no primeiro dia de aulas (07/02) apenas 65% dos estudantes estavam presentes, no dia seguinte o percentual passou para 75% e nesta quarta-feira (09/02) o comparecimento foi de 80%. “Nesta semana, as equipes de Supervisão e Orientação Educacional estão monitorando, junto aos gestores das escolas, a frequência dos alunos e apurando os motivos de ausências. Neste primeiro momento, estudantes que não puderem participar das aulas presenciais, mediante apresentação de justificativa ou laudo médico, poderão retirar atividades pedagógicas nas unidades de ensino”, informou a administração em nota.

Em São Bernardo 80% dos alunos compareceram ao primeiro dia do ano letivo na cidade, na segunda-feira (07/02). Na cidade o retorno às aulas presenciais é obrigatório.

Em Rio Grande da Serra, 90% dos alunos compareceram às aulas presenciais o que corresponde a 1.710 alunos. Apesar da prefeitura disponibiliza aulas online, mas nenhum pai ou responsável optou por essa modalidade segundo explicou a prefeitura.

Em Diadema a prefeitura não informou o percentual de presentes em sala de aula. As aulas são presenciais e escalonadas, ou seja, os estudantes são divididos em duas turmas que se intercalam. “A turma A vai presencialmente à escola às segundas e quartas. A turma B tem aula presencial às terças e quintas. As sextas-feiras são reservadas para retirada do material pelos alunos em geral e também por aqueles que eventualmente possam ter optado por não comparecer às atividades presenciais; para atividades pedagógicas; e para reforço de estudantes do Ensino Fundamental que tiveram dificuldade de aprendizagem durante a pandemia. Atualmente a rede municipal conta com 60 escolas e 31 mil alunos matriculados”, informou o paço diademense.

As prefeituras de São Caetano e Mauá não informaram.

Segundo a moradora de São Bernardo, Marina Silvério, que é mãe de duas crianças em idade escolar, o retorno às aulas presenciais foi positivo. O filho mais jovem está no terceiro ano de uma escola municipal e a menina está no sexto ano do Ensino Fundamental em colégio do Estado. No primeiro ano da pandemia Marina foi contra o retorno às salas de aula, mas agora avalia que foi a volta vai ser boa para recuperar o que foi perdido. “Durante as aulas online o estudo desacelerou bastante, o interesse deles pelas aulas não é o mesmo, por isso estou contente com o retorno”, disse.

Segundo Marina a escola municipal onde o filho estuda está bem preparada para receber os alunos e viu que os professores colocaram na rotina dos alunos a higienização das mãos. Já na escola estadual onde a filha mais velha está matriculada ainda não percebeu como estão os procedimentos, porém as duas crianças já estão vacinadas e esperando ansiosamente pela segunda dose. “Confio bastante na elaboração das vacinas, eu sempre me vacinei e nunca perguntei qual era o fabricante, antes não tinha isso”, diz a mãe. A covid-19 pegou em cheio a família de Marina que perdeu um irmão para a doença em 2020. “Meu irmão era jovem e saudável e não resistiu”, lamenta.


https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3059965/cidades-contatam-pais-para-saber-sobre-faltas-nos-primeiros-dias-de-aula/

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Seção: Educação