Publicado em 26/01/2022 - 15:29 / Clipado em 26/01/2022 - 15:29
Auricchio busca evitar “tragédia” com dívida de R$ 120 mi com a CPTM
Perto de completar 30 dias de seu quarto mandato como prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB) tem perdido noites de sono com a cobrança de uma dívida de mais de R$ 120 milhões com a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), oriunda da gestão de Paulo Pinheiro (2013/2016). Ao RDtv desta quarta-feira (26/01) o chefe do Palácio da Cerâmica deixou clara que caso não haja um acordo, a cidade perderá seu poder de investimento. Auricchio também confirmou o abono para os educadores e uma nova licitação para definir o plano de saúde do funcionalismo.
Auricchio não esconde preocupação que dívida atinja a cidade até o final da década, caso não haja uma renegociação (Foto: Ingrid Santos)
A dívida com a companhia estadual começou entre 2015 e 2016, período em que a gestão retirou R$ 120 milhões de um fundo judicial que cobrava valores de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). Segundo Auricchio, o valor poderia ser retirado para o pagamento de precatórios ou para a previdência, o que não foi feito.
Porém, a CPTM conseguiu vencer a batalha jurídica, ou seja, a Prefeitura é obrigada a repor os valores, que ainda passarão por uma atualização inflacionária que pode aumentar o valor devido para R$ 150 milhões. A decisão da Justiça é que o valor seja pago em até 12 vezes, porém, o prefeito busca um acordo para aumentar o prazo de pagamento e assim não prejudicar os investimentos na cidade.
“O que se avizinha é a maior tempestade que a cidade de São Caetano do Sul já enfrentou ao longo de sua história. É pior que a dívida da Rodoviária (paga ao longo de 40 anos), pior que o ajuste fiscal que tivemos que fazer em 2017 com o valor de R$ 250 milhões. Senão conseguirmos a renegociação dos prazos teremos a pior tragédia da história de São Caetano do Sul”, comentou Auricchio.
Em dezembro do ano passado foram pagos R$ 7 milhões, ainda durante a gestão interina de Tite Campanella (Cidadania). A estimativa é que o pagamento atinja 13% do orçamento e literalmente acabe com o poder de investimentos previsto no orçamento de 2022 que é de cerca de R$ 40 milhões. “É de fato uma punição ao morador de São Caetano do Sul por um ato imensurável, para não dizer criminoso, que o prefeito anterior fez”, completou.
Austeridade
Outra preocupação é a situação financeira do país, e em consequência, da cidade. Com a volta da inflação, o valor do orçamento foi reduzido, pois não houve um crescimento real. Com o custeio da máquina considerado “pesado”, Auricchio já planeja novas ações para reduzir gastos como a redução de 30% dos cargos comissionados, assim reduzindo em pelo menos 8% a folha de pagamento. Além de outras ações estudadas pela nova equipe de governo.
Abono e Plano de Saúde
Auricchio também confirmou que protocolará em fevereiro, no Legislativo, o projeto de lei para o pagamento de abono aos 4 mil educadores da cidade. Serão 12 parcelas, retroativas a janeiro deste ano. A expectativa é que tudo já esteja aprovado na segunda quinzena do próximo mês. A única dúvida sobre o assunto é como será feito o pagamento referente a janeiro, se será realizado junto com a parcela de fevereiro ou dividido ao longo do ano.
O chefe do Executivo de São Caetano também afirmou que nos próximos dias publicará o edital para a contratação de uma nova operadora para o Plano de Saúde do funcionalismo, principalmente após a série de reclamações sobre os serviços prestados pela Medical Health.
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Seção: Cidades