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 Site Diário do Grande ABC - Santo André/SP

Publicado em 30/10/2024 - 17:18 / Clipado em 30/10/2024 - 17:18

São Bernardo retorna ao Consórcio em 2025, mas modelo será revisto


Natasha Werneck

Prefeitos das sete cidades se reuniram nesta quarta-feira (30) e discutiram mudanças do modelo atual da entidade regional

 

 

Marcelo Lima (Podemos), prefeito eleito de São Bernardo, vai começar a discutir já no governo de transição a volta da cidade ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC depois de dois anos de fora da entidade. O podemista reuniu os outros seis futuros chefes dos Paços - Gilvan (PSDB), Tite Campanella (PL), Taka Yamauchi (MDB), Marcelo Oliveira (PT), Akira Auriani (PSB) e Guto Volpi (PL) - nesta quarta-feira (30) e tiveram uma discussão a respeito da reintegração tanto do município são-bernardense quanto de São Caetano, que se retiraram do colegiado regional no final de 2022 nas gestões de Orlando Morando (PSDB) e José Auricchio Júnior (PSD).

Em pauta, esteve o estabelecimento de um novo modelo de governança que possa contemplar as necessidades das cidades envolvidas. Marcelo Lima destacou que o retorno de São Bernardo ao consórcio é essencial para fortalecer a integração entre os municípios. “Eu fiz um compromisso na campanha com a população e disse claramente que, comigo prefeito, São Bernardo volta ao consórcio intermunicipal. Vamos dialogar e debater para encontrar um modelo que traga mais eficiência e reduza custos, mas que una as cidades,” afirmou.

O retorno ao consórcio ainda depende de autorização da Câmara Municipal de São Bernardo, que deve ser solicitada pelo Executivo. Lima explicou que pretende pedir, durante o período de transição, que a atual gestão encaminhe a proposta para que, a partir de 1º de janeiro, São Bernardo possa participar ativamente da entidade.

Embora São Bernardo tenha confirmado seu retorno, o prefeito eleito de São Caetano, Tite Campanella (PL), ainda está em fase de análise. Campanella, que também participou da reunião, afirmou que há disposição em retornar, mas que ainda é necessário redefinir o modelo de atuação da entidade. “Foi uma conversa produtiva, trocamos experiências e discutimos a necessidade de reformular o consórcio. Queremos um modelo que seja eficiente para a região e para cada cidade. Não há preconceito em retornar, mas precisamos de ajustes”, explicou.

Em contrapartida, Marcelo Oliveira, prefeito reeleito em Mauá e que também já esteve na presidência do consórcio, foi o grande defensor da entidade regional. “Podemos observar que a maioria das cidades aqui têm problemas financeiros, que ela precisa fazer obras estruturantes que vão mudar a vida das pessoas com recurso, seja do governo do estado, seja do governo federal. O consórcio tem a extraordinária condição de fazer essa participação”, ressaltou.

Ele ainda exemplificou: “A alça do rodoanel lá na cidade de Mauá não existiria [sem o consórcio]. Juntaram-se os sete prefeitos, conversaram com o prefeito de São Paulo e conseguiram convencer o governador para que aquela alça tivesse na cidade de Mauá e com isso toda cidade ganha empresas vindo para cá porque é mais rápido para escoar a produção das empresas que temos na nossa região. Isso fortalece muito as sete cidades.”

“Todos aqui têm o mesmo pensamento de fortalecer essa política regional, agora vamos ajustar qual o caminho para que a gente possa cada vez mais trabalhar pelo maior objetivo nosso, que é melhorar a qualidade de vida das pessoas da nossa região”, reforçou o petista.

Desse modo, durante o encontro os prefeitos também discutiram a necessidade de uma maior profissionalização e menos politização nas ações do consórcio, visando otimizar o atendimento às demandas comuns da região, como saúde, mobilidade urbana e habitação. “Nosso balanço foi positivo, oxigenou bem as ideias dos prefeitos. Poder comentar um pouco sobre essa remodelação do consórcio em relação à profissionalização para que a gente tenha na pauta essa introdução a favor das pessoas, esse foi o grande modelo aqui proposto e colocado em discussão”, apontou Taka Yamauchi, prefeito eleito de Diadema.

Akira Auriani, próximo prefeito de Rio Grande da Serra, pontuou que o objetivo comum das sete cidades é fortalecer o consórcio para que ele seja uma ferramenta de transformação social e econômica na região. “Queremos deixar as diferenças partidárias de lado e construir políticas públicas sólidas para os moradores do ABC”, afirmou.

Para Guto Volpi, prefeito de Ribeirão Pires, cidade que também chegou a ameaçar deixar o consórcio, a reunião consolidou o consenso entre os sete prefeitos sobre a necessidade de um novo modelo associativo. Volpi enfatizou a importância de incluir temas como a regulação de serviços de saúde e a drenagem urbana, pontos que estarão na agenda da próxima reunião, prevista para acontecer em São Caetano.

Gilvan, prefeito eleito de Santo André, elogiou a intenção dos colegas de se reunirem para a melhoria da região. “Essa reunião é importante para a gente avançar em várias políticas públicas do Grande ABC. Em relação ao consórcio, tem esse consenso de rediscutir o modelo, mas uma conversa muito produtiva, muito amistosa e a gente espera continuar essa união dos prefeitos. Quem ganha são os moradores do Grande ABC, morador lá em Santo André, para que a gente consiga captar cada vez mais recursos e trazer mais investimentos para nossas cidades”, concluiu.

 

 

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Seção: São Caetano