Publicado em 27/09/2024 - 17:12 / Clipado em 27/09/2024 - 17:12
ABC tem saldo positivo de 4,4 mil vagas em agosto e economista prevê ano melhor
POR REDAÇÃO
As empresas das sete cidades do ABC admitiram 40.661 pessoas em agosto ao mesmo tempo em que foram cortadas 36.221 vagas o que trouxe um saldo positivo de 4.400 empregos. Os números fazem parte do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, divulgados nesta sexta-feira (27/09). Esse foi o terceiro melhor resultado em oito meses deste ano, perdendo apenas para fevereiro, que teve salto de 5.203 vagas, e abril, até agora o melhor resultado do ano com saldo de 6.334 vagas. No acumulado do ano a região já soma mais de 30 mil vagas geradas.
Em números absolutos Santo André foi a que mais gerou empregos fechando agosto com saldo positivo de 1.432 vagas e crescimento de 0,65% em relação ao saldo de trabalhadores no mês anterior. Julho já tinha sido bom em número de vagas para a cidade, com 1.539 empregos de saldo. Na sequência vem São Bernardo ligeiramente atrás com saldo de 1.358 vagas, o que representou um crescimento muito importante frente as 521 vagas do mês anterior; com isso o emprego na cidade cresceu em agosto 0,48%.
A cidade que também se recuperou muito entre julho e agosto foi Rio Grande da Serra, que saiu de um saldo negativo de 13 vagas em julho para o saldo positivo de 17, variação relativa de 0,65%. Ribeirão Pires, apesar do saldo positivo de de 64 vagas, foi a que menos cresceu em agosto; a variação relativa ficou em 0,30%. Mauá fechou agosto com saldo positivo de 280 vagas com nível de emprego crescendo 0,39%.
Diadema, com saldo de 568 vagas em agosto fechou o mês com crescimento de 0,60%. São Caetano cresceu um pouco mais, 0,61% fechando agosto com saldo positivo de 721 vagas.
Considerando os últimos doze meses – de setembro de 2023 até agosto deste ano – o ABC acumula um saldo de 33.485 vagas. Considerando o total de vagas geradas só neste ano, até agosto já são 30.312 o que para o economista, conselheiro do Corecon-ABC (Conselho Regional de Economia do ABC) e professor da FSA (Fundação Santo André) e da USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), Antônio Fernandes Gomes Alves, aponta para um norte positivo de que região deve ter resultados melhores do que os do ano passado. O ABC fechou 2023 com saldo positivo de 16.398 empregos.
“O crescimento da via do emprego era esperado na conjuntura com o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em nível nacional, variando de 1,4% e 1,6%, mostrando que a economia vem aquecendo, resultado de investimentos e das demais ações de política pública. Há um saldo positivo inclusive da indústria automobilística, nas em vendas, isso mostra que a economia tende a recuperar de acordo com o que foi programado. Obviamente precisamos verificar até o final do ano se esses dados se manterão, mas agora com a perspectiva do 13° salário, com o aquecimento dos setores, esse saldo deve se manter ou melhorar”, avalia o economista.
Alves considera que mesmo com algumas cidades registrando uma variação menor de crescimento, exemplo de Rio Grande da Serra que tanto no acumulado dos últimos doze meses como no acumulado deste ano tem variação negativa (-0,34% e -0,03%, respectivamente), no geral, o gráfico aponta para cima. “Na série histórica vemos oscilação em alguns municípios, os que mais tiveram elevação foram Diadema, Ribeirão Pires e São Caetano, as demais cidades tiveram resultados menores no ano, mas isso não invalida o que a gente vem dizendo, de que a elevação da economia tem feito esse crescimento ser mais perene na economia.
O conselheiro do Corecon prevê que o nível de emprego vai crescer ainda mais até o fim do ano. “À grosso modo tende a manter ou ser melhor que 2023. A tendência é ser positivo e, se confirmar a expectativa do governo de crescimento do PIB, a gente entra em 2025 muito mais positivo que entramos em 2024”, completa o professor de economia.
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Seção: Cidades