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Publicado em 21/09/2024 - 08:03 / Clipado em 21/09/2024 - 08:03

Cerca de 250 carros abandonados foram recolhidos das ruas só este ano na região


George Garcia

 

Diversos motivos podem levar um carro a ser abandonado. O custo negativo, que é quando o seu reparo e legalização ultrapassem o seu valor de revenda, problemas legais como questões em que o dono faleceu ou ainda quando o veículo é abandonado na rua sendo produto de roubo ou furto. O fato é que as ruas ficam repletas destes veículos em estado de abandono, trazendo problemas como sujeira, se tornando abrigo para moradores de rua, usuários de drogas e também local para proliferação de pragas urbanas como roedores. Há também a preocupação com o meio ambiente, uma vez que em um carro há inúmeros itens potencialmente poluidores, como plásticos, borrachas, fluidos como óleo e combustível, coisas que tornam o carro abandonado uma grande preocupação para prefeituras, tanto que no ano passado 435 carros abandonados foram retirados nas ruas considerando cinco das sete cidades da região e neste ano, até 19/09, foram 248 veículos recolhidos aos pátios por terem sido largados nas ruas por seus donos.

Grande quantidade de veículos nestas condições foram retirados das ruas sendo que a maior quantidade foi verificada em São Bernardo e Santo André. São Bernardo recolheu no ano passado 219 carros abandonados nas ruas, e neste ano já foram 113. Em 2023 Santo André recolheu 162 carros largados nas ruas e neste ano foram 95.

São Caetano, em 2023 notificou os proprietários de 455 veículos considerados em estado de abandono nas ruas da cidade, sendo que 54 foram recolhidos ao pátio e os demais acabaram retirados pelos próprios proprietário. Neste ano foram 314 notificações e 37 delas resultaram em apreensão dos veículos.

Ribeirão Pires informou que apenas emitiu avisos para a retirada de 41 veículos este ano e não falou nada quanto as apreensões neste ano e no ano passado. Rio Grande da Serra informa ter apreendido três carros este ano. Diadema informou sobre as condições em que considera um carro abandonado, mas também não informou quantos foram recolhidos das ruas desde o ano passado para cá. Mauá também não informou.

 

Remoção de veículo abandonado em São Caetano. (Foto: Letícia Teixeira/PMSCS)

 

Praticamente um carro abandonado por dia é retirado das ruas do ABC. Considerando Ribeirão Pires, São Caetano, Rio Grande da Serra, São Bernardo e Santo André, que foram as cidades que informaram o número as notificações e apreensões, no ano passado foram levados para os pátios, em média 36 carros por mês, ou 1,19 veículo por dia. Nestas mesmas cidades em pouco mais de oito meses desta ano, foram 23 recolhimentos na média mensal, que significa 0,94, ou praticamente um carro por mês.

Prazo

Em geral o procedimento adotado pelas prefeituras é colar uma notificação no próprio veículo abandonado dando um prazo para que o proprietário retire o carro. Esse prazo varia, conforme a prefeitura, de cinco a 15 dias.
Em Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e São Bernardo adotam o período de cinco dias, sendo que a partir do sexto, o veículo está sujeito à remoção para o pátio. Em Santo André o prazo é variável de um a 10 dias. Em São Caetano são 10 dias de tolerância e em Diadema, 15.

Para ser considerado em estado de abandono e sujeito à remoção, existem alguns fatores que são observados pelos fiscais das prefeituras, tais como: sujeira em excesso sobre o veículo e embaixo dele, pneus murchos, peças faltantes, faróis e vidros quebrados, ou indícios de que ele esteja sendo usado como moradia. Veículos sinistrados ou que estejam irregularmente estacionados, ou causando risco a pedestres e motoristas, também são retirados. Carros produto de roubo ou furto ou que estevam envolvidos em situações de crimes ou com restrições administrativas, também são levados. Carros sem placas ou em evidente estado de decomposição entram também na mira das prefeituras.

Leilão

Se houver interesse do proprietário ele pode retirar o carro do pátio, com o pagamento das despesas administrativas do carro, multas e diárias de pátio e taxa de guincho. Como muitas vezes o custo supera o valor do carro a maioria acaba indo a leilão. De acordo com o Código de Trânsito, após 60 dias de apreensão, o município pode leiloar o veículo para o pagamento das despesas. O leilão pode ter dois tipos de lotes; o que tem veículos com condições de rodar e direito a documentos ou o carro é leiloado como sucata, para desmontagem e reciclagem.

A prefeitura de São Bernardo informou que o último leilão feito na cidade foi em maio com 199 lotes, aí inclusos não só os abandonados apreendidos, mas veículos apreendidos por outros motivos. Santo André informou que fez leilão no ano passado, mas não informou quantos lotes foram leiloados.

 

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Seção: Cidades