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Publicado em 16/09/2024 - 18:24 / Clipado em 16/09/2024 - 18:24

Trabalhadores da GM rejeitam nova proposta e greve é considerada


Soraia Abreu Pedrozo

Companhia ofereceu condições que desagradaram os trabalhadores do Vale do Paraíba

 

Após assembleia na tarde da segunda-feira, 16, os trabalhadores da General Motors de São José dos Campos, SP, rejeitaram mais uma vez a proposta da empresa e pediram que seja apresentada nova oferta ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. Caso contrário será deflagrada greve a partir das 5h30 de terça-feira, 17.

A situação decorre de série de negociações que não avançaram. Na primeira proposta a GM ofereceu acordo coletivo com vigência de um ano, reposição da inflação com base no INPC acumulado em doze meses até agosto, de 3,71% mais 1% de aumento real, além de vale-alimentação de R$ 500 e PLR de 2025 correspondente ao mesmo valor de 2024 corrigido pelo INPC. A companhia não garantiu investimentos na fábrica de São José dos Campos, na contramão do que anunciou no início do mês.

A segunda oferta propôs acordo coletivo com vigência de dois anos, com reajuste salarial correspondente apenas à reposição da inflação, sem aumento real, vale-alimentação de R$ 700 e PLR fixa de R$ 20 mil em 2025, com o mesmo valor corrigido pelo INPC em 2026. Nesta proposta a GM sugere credenciar a unidade para futuros investimentos e contratações.

 

De acordo com a entidade é exigido aumento real de salário e renovação do acordo coletivo sem ameaças veladas:

“Em outras oportunidades os metalúrgicos de São José dos Campos já aceitaram flexibilização de direitos para tornar viáveis investimentos que nunca se concretizaram”, disse o presidente em exercício do sindicato, Valmir Mariano, durante a assembleia. “A palavra da direção da GM, neste contexto, tem pouco crédito para o sindicato e para o conjunto dos trabalhadores.”

A unidade da GM em São José dos Campos emprega cerca de 3 mil 250 trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer. Procurada a montadora disse que não se manifestaria a respeito.

 

Acordo coletivo é aprovado no ABC Paulista

Em São Caetano do Sul, SP, onde trabalham cerca de 7 mil profissionais e são fabricados Montana, Spin e Tracker, também houve assembleia, no entanto, a proposta foi aprovada. A oferta validada, tal qual a rejeitada no Interior paulista, inclui reajuste salarial com reposição do INPC este ano e no ano que vem, vale-alimentação de R$ 700 e correção da inflação em 2025, válido até agosto de 2026.

Quanto à PLR, foi deferido o valor de R$ 20 mil no ano que vem e, em 2026, será o mesmo valor corrigido pelo INPC. O desconto de refeição e transporte será congelado por dois anos mas, o principal, diferentemente da proposta anterior, é o credenciamento da unidade para futuros investimentos e contratações – o que não foi assegurado em São José dos Campos.

No início do mês o presidente da GM América do Sul, Santiago Chamorro, afirmou, em evento na unidade do ABC Paulista, afirmou que dos R$ 7 bilhões a serem injetados na operação brasileira até 2028 para produzir dois híbridos flex, R$ 5,5 bilhões serão aplicados nos novos modelos, em atualização das operações fabris de São Caetano, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, SP.

Outro ponto de debate do acordo proposto pela GM é a cláusula de estabilidade para profissionais lesionados. A empresa ameaçou retirar o benefício mas, por fim, o manteve, desde que o operário não recuse o novo posto de trabalho oferecido pela empresa.

 

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Seção: São Caetano