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 Site Diário do Grande ABC - Santo André/SP

Publicado em 08/07/2024 - 17:40 / Clipado em 08/07/2024 - 17:40

Três cidades da região têm boa classificação em ranking social


Dados do IPS Brasil 2024 mostram que Santo André, São Bernardo e São Caetano possuem ‘performance forte’ nos principais indicadores


Beatriz Mirelle

 

Três cidades do Grande ABC aparecem com boa classificação no IPS (Índice de Progresso Social), pesquisa criada pela Universidade de Harvard, pela Fundación Avina e pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) que calcula desempenhos sociais e ambientais. São Caetano está na 14ª colocação entre os melhores municípios brasileiros para se viver, com 70 pontos e na classificação azul do ranking, que indica performance forte. Nessa mesma avaliação, estão São Bernardo (com 67,7 pontos e em 102º lugar) e Santo André (66,7 e em 195º).

Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra estão na classificação amarela (performance neutra), sendo que Rio Grande tem a pior colocação, em 1.772º lugar entre os 5.565 municípios avaliados (veja na tabela acima).

Na região, os melhores rendimentos são em relação a água e saneamento. Os piores referem-se a inclusão social.

Essa é a primeira vez que o levantamento IPS abrange todos as cidades do País. Ele analisa necessidades humanas básicas, fundamentos para o bem-estar e oportunidades. Em cada item, elementos como nutrição, cuidados médicos, segurança pessoal, moradia, acesso a informação e educação superior são analisados. A partir de agora, a pesquisa nacional será atualizada anualmente.

“O IPS é uma ferramenta que pode ajudar um território a compreender melhor a relação entre o seu progresso socioambiental e o desenvolvimento econômico, já que é possível fazer correlações entre o IPS e indicadores econômicos”, afirma o estudo.

Todas as cidades do Grande ABC se destacam na análise de água e saneamento, que inclui rede de distribuição, esgotamento sanitário e índices de abastecimento de água e perdas durante a distribuição – o índice mais baixo é de Mauá (com 79,5 pontos).

“Estou muito satisfeito em ver o IPS finalmente abranger todos os municípios do Brasil. Integrar essa metodologia em mais de 5.500 municípios em uma nação continental como o Brasil exigiu um mergulho profundo na diversidade sociocultural do País. Também exigiu perspicácia para trabalhar com institutos governamentais e de pesquisa, bem como com a sociedade civil, na busca de indicadores frequentemente atualizados”, declara Michael Green, CEO da Social Progress Imperative, organização responsável pelo IPS.

Green destaca que a pesquisa mostra onde estão as maiores necessidades do País e os avanços que podem ser replicados em outros lugares do mundo. Na região, todas as cidades têm performance neutra em relação à qualidade do meio ambiente, que analisa áreas verdes urbanas, emissões de CO2 (Dióxido de Carbono) por habitante, focos de calor, índice de vulnerabilidade climática e supressão da vegetação primária e secundária.

Em relação à saúde, todas as cidades o Grande ABC têm índices neutros, mas Santo André, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra possuem baixa classificação em cobertura vacinal da poliomielite. Cinco cidades têm performance fraca na classificação de inclusão social, que abrange paridade de gênero e raça na Câmara Municipal e violência contra indígenas, negros e mulheres. Apenas Santo André e Rio Grande da Serra possuem performance neutra nesse tópico.

Em 10 anos, Brasil despenca no índice

O Brasil foi de 46º lugar no IPS (Índice de Progresso Social) em 2014, início da série histórica, para 67º neste ano. De acordo com a pesquisa, as pontuações mostram que os níveis de desigualdade social e econômica se acentuaram nesses dez anos.

Segurança pessoal e nutrição são os dois tópicos com menores pontuações no índice geral do País. O IPS Brasil 2024 alcançou a pontuação 61,83 para todo a nação. Segundo o levantamento, a dimensão “oportunidades” é a que teve o pior desempenho, com 44,83 pontos. O tópico em que houve melhor nota foi “necessidades humanas básicas”, com 73,58 pontos.

Para Michael Green, CEO da Social Progress Imperative, organização responsável pelo IPS, os resultados mostram que o mundo se move lentamente para alcançar os ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável). “As metas para 2030 parecem mais metas para o século 22.”

Apesar das dificuldades no Brasil, ele ressalta que há progresso social brasileiro, puxado pelo “sistema único de saúde inclusivo, o mais abrangente do mundo, e o sistema público de transferência de renda estabelecido no início do século, o qual tirou dezenas de milhões de pessoas da pobreza”.

Green diz, ainda, que o sucesso ou fracasso do Brasil é crítico para o Acordo de Paris e para a agenda ODS. “O país abriga entre 15% e 20% da biodiversidade mundial e possui a floresta amazônica, o maior reservatório natural de carbono do planeta”, lembra.

 

https://www.dgabc.com.br/Noticia/4149227/tres-cidades-da-regiao-tem-boa-classificacao-em-ranking-social

 

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Seção: Setecidades