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 Site Diário do Grande ABC - Santo André/SP

Publicado em 31/05/2024 - 20:12 / Clipado em 31/05/2024 - 20:12

Sindicato diz que Auricchio foi ‘misógino’ e que ataca a profissão


Entidade se pronunciou após prefeito de São Caetano impedir o trabalho da jornalista Camila Pergentino durante coletiva de imprensa


Nilton Valentim
 

FOTO: Celso Luiz/DGABC Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra
 

 O SJSP (Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo) emitiu nota de repúdio em resposta à atitude do prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), que impediu a repórter do Diário Camila Pergentino de participar de uma entrevista coletiva e ainda afirmou que o jornal não era “bem-vindo” à cidade. A entidade classificou a ação do político como “completamente misógina” e um “claro ataque ao exercício da profissão e à liberdade de imprensa”.

O caso ocorreu na quarta-feira, no Espaço Municipal das Telhas, anexo ao Palácio da Cerâmica, em São Caetano, onde ocorria a troca no comando da Secretaria da Saúde, na qual Regina Maura Zetone (PSD), que é pré-candidata a vice-prefeita, deu lugar a Guilherme Esposito.

“Em um ato completamente misógino e um claro ataque ao exercício da profissão e à liberdade de imprensa, Auricchio proibiu Camila de concluir uma pergunta para a secretária de Saúde. Além de enfatizar que tal atitude não é compatível com um chefe do Executivo, é bom que fique claro que o que aconteceu é um atentado contra a liberdade de imprensa e contra a democracia”, diz a nota do sindicato.

Além do impedimento durante a coletiva, o sindicato destaca que, na sequência, os jornalistas do Diário foram excluídos do grupo de WhatsApp mantido pela assessoria de comunicação da Prefeitura, pelo qual são compartilhadas informações com jornalistas de diversos veículos. “Estendendo a agressão” a toda equipe do jornal, segundo o texto. O sindicato ainda entrou em contato com a repórter para lhe oferecer apoio e suporte jurídico.

 

MAIS APOIO

Ex-secretário no governo do ex-prefeito de São Caetano Paulo Pinheiro (União Brasil), Nilson Bonome (PDT) se impressionou com o destempero de Auricchio. “Eu vi um exagero da parte do prefeito e tenho certeza que ele não aceitaria e não gostaria se a filha dele, que é médica, fosse tratada da mesma maneira que a jornalista. Em primeiro lugar, nós temos de ter respeito como ser humano. Em segundo lugar, ele é o prefeito da cidade, ele representa a população de São Caetano. Eu tenho família lá e eu falei com a minha filha, falei com meu genro e eles não compactuam com esse tipo de atitude. Portanto, eu fico muito constrangido de saber que a classe política tem esse tipo de atitude”, declarou.

Advogado e pré-candidato à Prefeitura de São Caetano, Getúlio Filho (União Brasil) também se manifestou. “Se não filmasse, ninguém iria acreditar. O jeito que esse cara (Auricchio) tratou a jornalista é como trata quem é submisso a ele”, declarou.

Getúlio ainda se referiu ao vereador Tite Campanella (PL), que é pré-candidato a prefeito na chapa governista, estava ao lado de Auricchio e Regina Maura e assistiu a tudo sem se manifestar. “Sua covardia e sua submissão não pegaram bem. Isso demonstra quem governará São Caetano se você ganhar”, opinou.

O advogado também se posicionou em relação ao fato de Auricchio ter dito que o jornal não é “bem-vindo” a São Caetano. “Não é uma questão do Diário com a cidade (como foi mencionado pelo prefeito), mas sim sua! Toda a imprensa deve ser bem-vinda a São Caetano. E é bem-vinda para nós munícipes. Se você tem problema com o Diário, o problema é seu”, afirmou.

 

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Seção: Política