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Publicado em 09/05/2024 - 08:32 / Clipado em 09/05/2024 - 08:32

Racismo: Alunos de escola em São Caetano denunciam discriminação envolvendo colegas e professores


Estudantes da Escola Municipal Ângelo Raphael Pelegrino, localizada em São Caetano do Sul, no ABC Paulista, estão reportando incidentes de racismo envolvendo colegas de turma e professores.

 

Escola Municipal Ângelo Raphael Pelegrino, em São Caetano do Sul

De acordo com o portal G1 , um desses casos foi narrado pelo aluno Emanuel, de 9 anos. Segundo ele, a professora o impediu de colorir a pele de um personagem de desenho com um lápis de cor com o qual se identificava, em seguida, conta que foi obrigado a refazer a pintura em um novo papel, utilizando um lápis de cor bege.

“Eu peguei o desenho, pintei para representar a cor negra, e ela disse que estava errado, que a cor da pele não estava correta. Fiquei triste porque por que o meu desenho tem que ser diferente dos outros? Por que tem que ser diferente por causa da cor da pele? Não faz sentido”, disse.

Emanuel, irmão de Matheus, de 13 anos, afirma que também sofreu racismo na mesma escola no ano anterior. “Eu me senti desesperado, com medo, angustiado, decepcionado. O racismo sempre dói como da primeira vez”, disse em entrevista ao jornal SP1, na ocasião.

Na época do ocorrido, Patrícia, mãe dos alunos, tornou público um áudio no qual o filho mais velho pedia para ser retirado da escola. “Não aguento mais, é muito sofrimento, estou sofrendo naquela escola, não aguento mais. Por favor, me tira, mãe”.

Em entrevista ao Fantástico, a mãe dos meninos explicou que decidiu compartilhar o áudio para expor o que ele e os outros três filhos passaram. Ela descreveu o sentimento que a situação provocou: “Sensação de impunidade, vontade de abraçar meu filho e tirar aquela dor”. No entanto, ela não pôde simplesmente retirá-lo da escola de um dia para o outro, já que estudam em uma instituição pública.

Após o caso, ela decidiu formar o “Coletivo Akilomba”, composto por familiares de alunos da Escola Municipal Ângelo Raphael Pelegrino que também foram vítimas de racismo. “Surge da dor de uma pessoa que ressoou em todos nós. Organizamos para tentar atender às necessidades de baixa autoestima, às dores que afetam as crianças. A partir disso, decidimos que nenhuma mãe mais enfrentaria sozinha o que aconteceu na escola”, afirmou Lygia Nogueira, integrante do coletivo.

Outro caso relatado na mesma escola envolve Luiggi, de 11 anos, que ouviu comentários diretos como: “Você é um macaco”, “Você é preto e não deveria estar aqui”

Em comunicado ao portal g1, a Prefeitura de São Caetano do Sul afirmou que reitera “seu compromisso inabalável de não compactuar com qualquer forma de racismo ou preconceito na comunidade educativa” que “vem desenvolvendo ações antirracistas na cidade e na rede municipal” e, ainda, que “toda vez que uma família é vítima de racismo, a pasta acolhe o estudante e seus pais”.

Por fim, a pasta afirma que “foi criado um grupo de formação dos professores e que palestras são feitas com educadores e pais de alunos sobre o diretor das crianças em casos como esses”. Clique aqui para assistir o vídeo e ver a matéria na íntegra.

 

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Seção: São Caetano