
Publicado em 08/04/2024 - 17:34 / Clipado em 08/04/2024 - 17:34
Setenta e quatro vereadores mudam de partido no ABC durante a janela eleitoral
Carlos Carvalho
A janela eleitoral, período para que parlamentares possam mudar de partido, acabou sexta-feira (5/4). Dos 142 vereadores do ABC, 74 trocaram de legenda visando as eleições, ou seja 52,11% do total. O PL acabou sendo o principal beneficiado, ao dobrar o número de representantes em comparação com a eleição de 2020. O PSDB foi o que mais perdeu, com a bancada sendo reduzida de 27 para seis nomes na região.
Em 2020, o PSDB foi o principal protagonista na região. Eram 27 vereadores em seis cidades (a exceção foi Rio Grande da Serra). Desta vez, o tucanato conta com apenas seis representantes. Leonardo Alves segue como o único tucano em Mauá, pois Eugênio Rufino, eleito pelo partido, migrou para o PV.
No caso de Santo André, o número do tucanato segue o mesmo, cinco: Bahia, Bahia do Lava Rápido, Marcelo Chehade, Pedrinho Botaro e Márcio Colombo. A dissidência aconteceu na suplência com a saída de Marcos Pinchiari para o MDB.
Outras sete legendas perderam vereadores na janela eleitoral. O PRD (junção do PTB e do Patriotas) perdeu metade dos parlamentares (somadas as duas legendas), pois caiu de 12 para seis. O Cidadania seguiu pelo mesmo caminho, caiu de 10 para cinco. PDT e Avante perderam dois legisladores cada. Os pedetistas contam dois vereadores e o Avante com cinco.
Apesar da junção com o PROS, o Solidariedade teve queda de uma cadeira e agora conta com três vereadores. O PSB também perdeu uma vaga, caiu para sete. O mesmo ocorreu com o PT que caiu de 14 para 13. O PSOL manteve as duas cadeiras, com Bruna Biondi, em São Caetano, e Ricardo Alvarez, em Santo André. O Novo, que elegeu Thai Spinello (que migrou para o PSD), voltou a ter um representante, o Coronel Edson Sardano, pré-candidato a prefeito em Santo André.
O PL foi o que teve o maior acréscimo de vereadores, ao saltar dos nove eleitos em 2020 para 18 que estão filiados após o final da janela. O Progressistas (PP) teve um aumento de sete cadeiras, chegou a 10 parlamentares. O MDB, que não elege legisladores no ABC há quatro anos, conseguiu filiar cinco nomes durante o processo. Três partidos conseguiram aumentar suas bancadas em três nomes: Podemos (chegou a 13); Republicanos (chegou a sete); e PV (chegou a seis).
Outras quatro legendas cresceram em dois nomes: PSD (agora com 15 vereadores); União Brasil (agora com 10); PRTB (agora com três) e o PMB que conta dois representantes em São Bernardo, Dr. Manuel e Henrique Kabeça. O AGIR (antigo PTC) ganhou uma cadeira, e alcançou três vereadores na região.
Prefeituras
Entre os pré-candidatos a prefeito, o ritmo para troca de partidos foi diferente. Além de Edson Sardano, outros dois nomes resolveram sua vida partidária em Santo André, mas não necessariamente com troca de legenda. O secretário de Saúde, Gilvan Junior, se filiou ao PSDB e o advogado Leandro Petrin foi para o PSD. Ambos aguardam uma definição de Paulo Serra. Gilvan é o favorito.
Em São Bernardo, Flávia Morando foi anunciada no União Brasil para representar o prefeito Orlando Morando (PSDB). E Marcelo Lima saiu do PSB e migrou para o Podemos. Em Ribeirão Pires, Gabriel Roncon trocou o Cidadania pelo Progressistas. Em São Caetano, Tite Campanella também saiu do Cidadania para ser pré-candidato pelo PL.
Outras trocas ocorreram antes da janela eleitoral como os casos do pré-candidato a prefeito de São Bernardo, Rafael Demarchi, que deixou o União Brasil para defender o Novo, e Atila Jacomussi, que deixou o Solidariedade e migrou para o União Brasil.
Veja abaixo as trocas que ocorreram nas Câmaras, já com alguns suplentes:
*Sargento Simões já havia trocado o Podemos pelo Avante em 2022. Migrou para o PL antes da janela eleitoral para ser pré-candidato a prefeito
*Carlos Ferreira deixou o PSB pouco tempo após tomar posse e migrou para o Republicanos, antes da decisão para seguir para o MDB.
**Dr. Marcos Pinchiari estava como suplente do PSDB até poucos dias.
***Outros dois vereadores mudaram de partido ao longo do mandato. Professor Minhoca se elegeu pelo PSDB, mas migrou para o Podemos em 2022. Eduardo Leite foi eleito pelo PT, mas se filiou ao PSB no ano passado.
*Julinho Fuzari foi eleito pelo Democratas, mas chegou a se filiar ao PSC (atual Podemos) antes de definir seu retorno ao Cidadania.
**Ary de Oliveira, Eduardo Tudo Azul, Léo RR, Lindomar Babá e Toninho Tavares estavam como suplentes até poucos dias.
*Jander Lira saiu do DEM e foi para o PSD durante o mandato.
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Seção: Política