
Publicado em 04/04/2024 - 08:12 / Clipado em 04/04/2024 - 08:12
S.Caetano e Rio Grande da Serra caem em índice de oportunidades educacionais
Beatriz Gomes
Desde 2015, o Ioeb (Índice de Oportunidades da Educação Brasileira) apresenta os resultados da análise que considera as oportunidades educacionais ofertadas nos municípios e estados brasileiros para garantir melhores condições para o sucesso educacional das crianças e jovens. Na avaliação de 2023, duas das sete cidades do ABC, São Caetano e Rio Grande da Serra, registraram nota menor do que a avaliada em 2019 (antes da pandemia), sendo elas 5,6 e 5,1 no ano passado contra 5,7 e 5,2 no período pré-pandêmico, respectivamente.
Em entrevista ao RDtv, a coordenadora do Ioeb, Camila Fattori, explica que, apesar da pouca diferença entre as notas, qualquer diminuição no índice é preocupante. “Mesmo sendo a cidade do ABC com o maior índice, o fato de São Caetano ter caído de 5,7 para 5,6 é bem preocupante já que a cidade sempre foi vista como uma das melhores em oportunidades educacionais. Enquanto isso, Rio Grande da Serra é a cidade da região que mais nos preocupa, por ter apresentado essa queda no índice e também por ser ter a menor nota entre as sete cidades”, afirma.
Em relação aos demais municípios da região, Camila diz que todos estão acima da média nacional (5,1) e, felizmente, todos registraram crescimento nos índice em comparação com o período pré-pandêmico. “Santo André e São Bernardo são as cidades que tiveram melhora maior no número de oportunidades educacionais, avançando de 0,2 de 2019 para 2019. Diadema, Mauá e Ribeirão Pires tiveram um pequeno aumento de 0,1, mas mesmo assim, é algo positivo já que esse crescimento foi registrado”, comenta.
O Ioeb é um índice é formado a partir da composição de determinados indicadores relacionados a insumos como escolaridade dos professores, número médio de horas aula/dia, experiência dos diretores, taxa de atendimento na Educação Infantil nas redes públicas e resultados educacionais. Inclui tanto informações referentes à qualidade da oferta para estudantes que frequentam as redes públicas e privadas como também informações referentes àquelas crianças, adolescentes e jovens que não frequentam a escola. Possibilita uma visão integral do território, incorporando aspectos de domínio cognitivo individual, mas também aspectos sistêmicos, que podem contribuir para o fortalecimento do regime colaborativo no país.
Ao ser questionada sobre o que as cidades da região devem fazer para melhorar cada vez mais o Ioeb, Camila ressalta que a principal medida seria a criação de um grupo que engloba diversas secretarias municipais, como saúde, social e educação, para analisar os dados com profundidade e achar maneiras de contornar as situações.
“Ao perceber que alunos em idade escolar estão fora das escolas, é preciso entender quais motivos, dentro do município, estão causando essa ausência de crianças e jovens no ambiente escolar e isso deve ser feito com todos os aspectos da pesquisa do Ioeb, que podem ser acessados na seção de pesquisa avançada do site https://ioeb.org.br/ de forma gratuita para todos”, reforça.
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Seção: Educação