
Publicado em 31/03/2024 - 08:25 / Clipado em 31/03/2024 - 08:25
UFABC abre atividades sobre 60 anos do golpe militar nesta terça-feira
Redação
A Universidade Federal do ABC realiza nesta terça-feira (2/4), no campus São Bernardo, o encontro ‘60 anos do golpe: não esquecer para nunca mais acontecer’, que reforça o compromisso da instituição com a história de lutas da região e a defesa dos direitos humanos. O encontro é a primeira etapa de atividades sobre o tema em 2024, que abrem com a realização de sessão solene, com a presença da reitoria e de autoridades da região.
Para a UFABC, o encontro, que acontece das 18 às 22h, no auditório 1, bloco Delta, reafirma a importância da construção de um projeto de sociedade e educação em que as diferentes formas de opressão e a violação de direitos, do passado e do presente, sejam sempre motivo de estranhamento e de resistência.
Este ano o golpe militar de 1964 completa 60 anos. Assim, a sessão será seguida de mesa composta por convidados cujas trajetórias de vida contribuem para informar e esclarecer sobre as motivações do golpe de 1964 e suas repercussões sobre diferentes segmentos que compõem a sociedade brasileira.
Programação
18h – 19h | Sessão solene / Abertura do evento
19h – 22h | Mesa – 60 anos do golpe: não esquecer para nunca mais acontecer
Detalhamento das atividades:
18h às 19h | Sessão de abertura
Participantes: Dácio Roberto Matheus, reitor UFABC; e José de Filippi Jr., presidente do Consórcio Intermunicipal.
19h às 22h | Mesa 60 anos do golpe: não esquecer para nunca mais acontecer
Objetivo da mesa: Contextualizar o golpe de 1964 e o período ditatorial por ele inaugurado, destacar as motivações e características e a importância da construção de uma memória coletiva sobre o período; anunciar a continuidade das atividades relacionadas ao tema durante a semana de comemoração dos 15 anos do BCH; destacar, por meio dos depoimentos dos convidados externos, as repercussões da ditadura na vida de diferentes segmentos sociais.
Participantes da mesa:
Luci Praun, socióloga e docente do Programa de Pós-Graduação em Economia Política Mundial da UFABC.
Criméia de Almeida, militante feminista, ex guerrilheira no Araguaia, foi presa durante o período ditatorial em duas ocasiões. A primeira, em 1968, quando participava do Congresso UNE, em Ibiúna, São Paulo. Um segunda prisão, também em São Paulo, ocorreu em 1972, momento em que estava grávida de sete meses e foi torturada.
Djalma Bom, operário metalúrgico, ex diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, com atuação nas greves do ABC de 1978, 1979 e 1980. Em 1980, foi preso e permaneceu encarcerado por 31 dias, quando foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional. Participou da fundação do Partido dos Trabalhadores (PT). Foi deputado federal (1983-1987) e estadual por dois mandatos (1995-1999; 1999-2003). Foi vice-prefeito de São Bernardo (1989-1992).
Rafael Pinto, cientista social, militante e fundador do Movimento Negro Unificado (MNU), em 1978. Integra, desde os anos 2000, o Coletivo Nacional de Entidades Negras – CONEN, representando os movimentos Fala Negão/Fala Mulher, Soweto – Organização Negra e pelo Centro Nacional de Africanidades de Resistência Brasileira – Cenarb.
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Seção: São Caetano