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 Site Diário do Grande ABC - Santo André/SP

Publicado em 20/03/2024 - 19:40 / Clipado em 20/03/2024 - 19:40

Pais questionam qualidade da água de piscina de S.Caetano


Desde o início do ano, atletas de natação da cidade apresentam coceiras, espirros e vômitos; Prefeitura remaneja local de treinos


Por Beatriz Mirelle


FOTO: Celso Luiz/DGABC

 

Pais de crianças que integram a equipe de natação de São Caetano não têm tido o que comemorar. Independentemente do desempenho dos atletas nas raias, eles agora revelam apreensão em relação à qualidade da água da piscina coberta do Conjunto Aquático Leonardo Sperate, no Complexo Lauro Gomes de Almeida, bairro Olímpico, local dos treinamentos. De acordo com o relato ao Diário, os problemas começaram em janeiro, após a troca da empresa responsável pela limpeza das piscinas. Ao menos dez crianças teriam apresentado casos de alergias, com coceiras e espirros, vômitos e dor de cabeça. Após o agravamento das ocorrências, as aulas foram remanejadas para o Conjunto Aquático Carlos Antônio Biazzoto (AD São Caetano), na cidade.

Preocupados com o cenário, cinco pais formaram uma comissão e se reuniram, em 19 de fevereiro, com o secretário municipal de Esporte, Lazer e Juventude, Mauro Checkin. A comissão, então, solicitou a necessidade de assegurar que a água da piscina estivesse de acordo com o padrão definido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para a prática de natação.

Na ocasião, a Prefeitura declarou que as situações deveriam ser separadas em dois momentos. “O primeiro seria o retorno dos nadadores aos treinos, ocorrido já em 18 de janeiro”. As reações nos atletas, de acordo com o Paço, teriam sido motivadas por diferentes tratamentos da água, consequência da troca da empresa responsável pela manutenção. Já o segundo momento seria a volta ao “mesmo tipo de tratamento (da água) realizado até dezembro de 2023”. As informações estão na ata da reunião divulgada pelos pais.

O documento revela também que a Prefeitura e a empresa responsável pelo controle da água da piscina apresentaram “laudos de diferentes momentos e laboratórios com os parâmetros de controle da qualidade de água dentro do especificado”, inclusive com dados comparativos com aos do Conjunto Aquático Carlos Antônio Biazzoto.

Mesmo assim, os problemas parecem longe do fim. Após a reunião, a piscina foi interditada por quatro dias para ações de controle. A reabertura ocorreu no último dia 5. E por pouco tempo. Vinte e quatro horas depois, a água apresentou turbidez. Ao que tudo indicava a situação havia sido normalizada e, assim, os treinos retomados. Mas, segundo a denúncia ao Diário, os casos de alergias pioraram nas últimas duas semanas. “Nos reunimos com a Secretaria de Esporte, que disse que tudo estava sob controle. Falaram que a empresa estava corrigindo o PH da água, mas vemos uma piora na situação. Uma criança foi parar na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na semana passada, por causa de infiltração no pulmão. Ninguém quer se expor para não prejudicar os filhos, mas todos estão preocupados”, disse pai de um aluno da equipe de natação, que preferiu anonimato.

O denunciante revelou em seguida que os treinos foram reduzidos de duas para uma hora de duração diária. “Em algumas ocasiões os alunos treinaram apenas em volta da piscina. Hoje (ontem), os treinos foram reduzidos pela metade para que os atletas se dirigissem à AD São Caetano. Eles alegam que está tudo nos conformes, mas isso tudo não pode ser coincidência.” Uma nova reunião entre as parte está agendada para amanhã.

Procurada, a Prefeitura de São Caetano não se manifestou até o fechamento da edição. 

 

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