
Publicado em 12/03/2024 - 08:35 / Clipado em 12/03/2024 - 08:35
'Só vou para uma festa se eu for convidado', diz Américo Scucuglia
Wilson Guardia
O advogado e vereador Américo Scucuglia (PRD), um dos 17 da base de sustentação de José Auricchio Júnior (PSDB), vem demonstrando descontentamento com interlocutores que tentam blindar o prefeito. Para o parlamentar, a cidade não é um principado e tem problemas, mesmo que pontuais, e que nem sempre chegam ao conhecimento do chefe do Executivo.
“Não tenho problemas com o prefeito, mas os intermediários fazem vista grossa ou se negam a resolver coisas plausíveis e isso me afasta”, esbraveja Scucuglia ao afirmar que muitos diretores ou chefes de departamentos, que “não gostam de pessoas pesam na caneta na hora das decisões”.
Indagado pelo Diário sobre o afastamento e se pretende desembarcar do governo, Scucuglia é direto: “só vou para uma festa se eu for convidado. Eu ainda não recebi o convite”, diz argumentando que entre ele, o Auricchio e o munícipe, prefere estar do lado da população.
Entre a série de problemas, Scucuglia aponta a questão do Cartão do São Caetano. “Não é plausível um morador esperar seis meses, quase um ano, para receber a visita da equipe de assistência social e ter, por meio de uma canetada, o cadastro indeferido porque ninguém estava em casa”. Para o vereador a culpa não é da equipe de rua, de abordagem inicial. “Quando os documentos vão lá para dentro (do departamento de Assistência Social), onde ninguém vê e sem uma comissão, uma diretora, diretor ou chefe pega pesado na caneta e indefere”.
O vereador entende ser fundamental promover mudanças nos departamentos. “É preciso oxigenar.” Perguntado se isso não é falta de gestão, tendo em vista que os diretores e chefes de departamento são indicações direta do prefeito ou dos secretários, minimiza. “Não é culpa do prefeito, mas sim das pessoas que ele coloca para trabalhar. Muitas vezes (o Auricchio) nem sabe o que está acontecendo.”
RUMOS DO PARTIDO
Para Américo Scucuglia, a história do empresário e ex-vereador Eduardo Vidoski, presidente do PRD, ter cogitado compor como vice em uma possível chapa encabeçada pelo vereador Tite Campanella (Cidadania) partiu de outro lado. “O Eduardo nunca fez nenhum convite, é o contrário. O Tite convidou o Eduardo e o lançou um ano antes. Quem falou isso foi o pré-candidato a prefeito Tite Campanella em uma rede social.”
Entre indefinições, Scucuglia crava que o PRD vai compor como vice sem revelar, entretanto, com quem. Para levar a empreitada à frente, aposta no resgate histórico e saudosismo do prefeito Luiz Olinto Tortorello – morto em 17 de dezembro de 2004 –, prefeito por três mandatos.
Veículo: Online -> Site -> Site Diário do Grande ABC - Santo André/SP
Seção: São Caetano