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Publicado em 23/02/2024 - 18:28 / Clipado em 23/02/2024 - 18:28
S.Caetano é o 3º município mais vertical do País, aponta o Censo
Metade da população vive em apartamentos; Grande ABC tem 274 mil edifícios residenciais
Por Thainá Lana
São Caetano é o terceiro município do País, e o primeiro do Grande ABC, com a maior quantidade de apartamentos em relação a qualquer outro tipo de domicílio. A cidade possui 32.578 edifícios residenciais, ou seja, 52,5% do total de unidades habitacionais localizadas no município, e 50,7% da população vivendo nesses espaços. Os dados são do Censo Demográfico 2022, divulgados nesta sexta-feira (23) pelo IBGE (Instituto de Geografia e Estatística).
Na primeira posição do ranking de cidades mais verticais do Brasil está Santos, no Litoral paulista, com 63,4% da população morando em apartamentos. Seguida por Balneário Camboriú, em Santa Catarina, com 57,2%.
Sobre a expressiva verticalização do município são-caetanense, o analista do IBGE, Bruno Perez, cita a proximidade da cidade com a Capital como possível influência. “É uma área relativamente pequena, com população de porte médio e muito inserida na Região Metropolitana de São Paulo, estando consideravelmente próxima ao centro da Capital. Ou seja, tem características semelhantes à área do chamado Centro Expandido de São Paulo: bastante adensado e tem verticalização considerável”, explica o analista.
Apesar desse tipo de residência predominar nesses três municípios, o levantamento demográfico mostrou que a maioria da população brasileira reside em casas. Em 2022, havia no País 59,6 milhões de casas ocupadas, nas quais residiam 171,3 milhões de pessoas - a maioria da população (84,8%) morava nesse tipo de residência. O segundo tipo mais encontrado foi apartamento, categoria de domicílio na qual residiam 12,5% da população.
Para a análise, o IBGE considerou apenas os imóveis particulares e permanentes ocupados. Casas desocupadas, improvisadas ou de moradia coletiva, como pensões e asilos, por exemplo, não foram analisadas.
Segundo o levantamento, nos sete municípios do Grande ABC, 941.201 pessoas viviam em 274.195 apartamentos e 1,7 milhão residiam em 707.135 casas. Os demais moradores moravam em 2022 em outros tipos domicílios, como casa de vila ou em condomínio, estruturas residenciais permanentes, degradadas ou inacabadas, entre outros. (Veja dados na tabela acima)
Em 12 anos, a região ganhou 141.028 novos apartamentos. Em 2010 eram 133.167 edifícios residenciais localizados nas cidades do Grande ABC - alta de 105% no período. A média de moradores por residência em 2022 na região era de 2,7 pessoas.
EVENTO DE LANÇAMENTO
A divulgação dos novos resultados do Censo 2022 foi realizada ontem, no Teatro Clara Nunes, em Diadema. Estiveram na solenidade o presidente do IBGE, Marcio Pochmann, o deputado estadual, Eduardo Suplicy (PT), o prefeito de Diadema e presidente no Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, José de Filippi Junior (PT), entre outras autoridades.
“É uma honra a escolha de Diadema para a divulgação nacional deste aspecto do censo. Falando por este município, tínhamos um local há 30 anos com 30% da população morando em favelas, com barraco de madeira e acompanhar as análises do IBGE no Grande ABC é satisfatório”, comentou Filippi durante o evento.
Ao final do evento, foi assinado um protocolo de cooperação entre o IBGE e o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, aprofundando questões relacionadas à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação.
SANEAMENTO
Além das características dos domicílios, os novos resultados também trouxeram informações referentes à forma de abastecimento de água, destinação do lixo, tipo de esgotamento sanitário, existência de banheiro ou sanitário na residência, e canalização de água.
O Grande ABC registra índices superiores à média nacional em todos os quesitos. Enquanto a proporção de moradores atendidos pelo abastecimento de água é de 83% no País, nos municípios da região o serviço chega a 98,9%.
A cobertura nacional de coleta de resíduos é de 90,9%, enquanto no Grande ABC esse índice se eleva a 99,7%. A principal disparidade está em relação ao esgotamento sanitário, que chega a 62,5% no País, enquanto na região a cobertura é de 95%. (Colaborou Lays Bento).
Veículo: Online -> Site -> Site Diário do Grande ABC - Santo André/SP
Seção: Setecidades