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 Portal G1

Publicado em 23/02/2024 - 21:34 / Clipado em 23/02/2024 - 21:34

Cidade de SP ganhou mais de 400 mil apartamentos em 12 anos, aponta Censo


Quantidade é suficiente para compor 1.237 versões do Edifício Copan. Censo 2022 considerou apenas imóveis particulares e permanentes ocupados entre 2010 e 2022. No Brasil, mais de 25 milhões de pessoas vivem em apartamentos.

 

Por Deslange Paiva, Renata Bitar, Lídia Rodrigues, g1 SP e GloboNews — São Paulo

 

A cidade de São Paulo ganhou mais de 400 mil apartamentos entre 2010 e 2022, de acordo com dados divulgados pelo Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (23).

 

Em 2010, a capital tinha 1.009.636 apartamentos e, em 2022, a quantidade subiu para 1.435.984, ou seja, 426.348 mil novas unidades de apartamentos ocupadas em relação a 2010.

Além dos tipos de domicílios, também foram divulgados dados sobre:

  •     Acesso a rede de esgoto;
  •     Existência e quantidade de banheiros nas moradias;
  •     Acesso a água e forma de abastecimento;
  •     Coleta de lixo.

Para a análise, foram considerados apenas os imóveis particulares e permanentes ocupados. Ou seja, casas desocupadas, improvisadas ou de moradia coletiva, como presídios, hotéis, pensões, asilos ou orfanatos, não entram na conta.

  •     Para comparação, a quantidade de apartamentos existentes na capital em 2022 era suficiente para compor 1.237 Edifícios Copan, icônico prédio da arquitetura brasileira que possui 1.600 apartamentos.
  •     O número de pessoas que vivem em apartamentos na capital também é equivalente à população de 1.095 cidades brasileiras somada.

 

 

Com o aumento de apartamentos, cresce também o número de moradores nesse tipo de imóvel: em 2010, eram 2.646.802 de residentes. Em 2022, chegou a 3.349.996 de pessoas.

A capital paulista tem muitos prédios, mas casas ainda são predominantes. De acordo com o Censo, 68,1% da população vive em casas e 29,4% em apartamentos.

Em 2022, o número de casas na capital, sem considerar vilas, era de 2.764.750.

  •     Em 2010, eram 2.470.248 casas;
  •     Em 12 anos, a capital ganhou 294.502 casas.

 

Cidades em que apartamentos predominam

Três cidades brasileiras têm apartamentos como moradia predominante em relação a qualquer outro tipo de domicílio:

  •     Santos (SP), com 67,1% de apartamentos;
  •     Balneário Camboriú (SC), com 63,3% de apartamentos;
  •     São Caetano do Sul (SP), com 52,5% de apartamentos.

Juntos, esses três municípios têm 181.684 apartamentos e 105.701 domicílios de outros tipos. Em todos os outros municípios do país, casas são predominantes.

 

 

No Brasil, mais de 25 milhões de pessoas vivem em apartamentos, o que representa 12,5% da população do país.

  •     De 2000 até 2010, a quantidade de moradores em apartamentos tinha passado de 7,6% para 8,5%. Em 2022, chegou a 12,5%, representando um aumento de 4 pontos percentuais nos últimos 12 anos.
  •     Entre as regiões, o Sudeste é onde mais pessoas vivem em apartamentos, com 16,7% da população, já o Norte, é a região com menos pessoas nessa condição, com 5,2% da população.

No total, são 10.767.414 unidades de apartamentos com 25.278.572 de moradores.

 

Casas ainda são maioria no país

Segundo o Censo, 84,8% da população ainda mora em casas. Foram visitados 59,6 milhões de domicílios deste tipo ocupados, nos quais residiam 171,3 milhões de pessoas.

O Piauí é o estado com a maior proporção de casas: 95,6%.

Além dos apartamentos e das casas:

  •     2,4% da população vive em casas de vilas ou condomínios;
  •     0,2% em cômodos ou cortiços;
  •     0,03% em habitação indígena sem parede ou maloca;
  •     0,04% em estrutura residencial permanente degradada ou inacabada.

 

Censo

O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE para fazer uma ampla coleta de dados sobre a população brasileira. Ela permite traçar um perfil socioeconômico do país, já que conta os habitantes do território nacional, identifica suas características e revela como vivem os brasileiros.

Nesta edição, a pesquisa levantou as características dos tipos de domicílio (casa, apartamento etc), forma de abastecimento de água, existência de canalização de água, existência de banheiro e sanitário, tipo de esgotamento sanitário, destino do lixo e perfil dos moradores.

As informações do Censo 2022 começaram a ser divulgadas em junho de 2023. Desde então, foi possível saber que:

  •     O Brasil tem 203 milhões de habitantes, número menor do que era estimado pelas projeções iniciais;
  •     O país segue se tornando cada vez mais feminino e mais velho. A idade mediana do brasileiro passou de 29 anos (em 2010) para 35 anos (em 2022). Isso significa que metade da população tem até 35 anos, e a outra metade é mais velha que isso. Há cerca de 104,5 milhões de mulheres, 51,5% do total de brasileiros;
  •     1,3 milhão de pessoas que se identificam como quilombolas (0,65% do total) – foi a primeira vez na História em que o Censo incluiu em seus questionários perguntas para identificar esse grupo;
  •     O número de indígenas cresceu 89%, para 1,7 milhão, em relação ao Censo de 2010. Isso pode ser explicado pela mudança no mapeamento e na metodologia da pesquisa para os povos indígenas, que permitiu identificar mais pessoas;
  •     Pela primeira vez, os brasileiros se declararam mais pardos que brancos, e a população preta cresceu.
  •     Também pela primeira vez, o instituto mapeou todas as coordenadas geográficas e os tipos de edificações que compõem os 111 milhões de endereços do país, e constatou que o Brasil tem mais templos religiosos do que hospitais e escolas juntos.
  •     Após 50 anos, o termo favela voltou a ser usado no Censo.

 

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2024/02/23/cidade-de-sp-ganhou-mais-de-400-mil-apartamentos-em-12-anos-aponta-censo.ghtml

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Seção: São Paulo