Beatriz Gomes
Com o calor excessivo e o grande volume de chuva, os casos de dengue voltam a aparecer na região. Em pesquisa realizada com as sete cidades, foram contabilizados 765 casos de dengue em 2023, número 12,3% maior que 2022, quando 681 pessoas foram diagnosticadas com a doença. Ainda de acordo com os dados regionais, cerca de 60% dos pacientes contraíram a doença dentro do município.
Santo André foi a cidade que registrou o maior crescimento no número de casos de dengue em 2023, se comparado ao ano anterior. No ano passado foram contabilizados 280 registros da doença, sendo 196 autóctones e 83 importados (contraídos fora do munícipio), cerca de 79% a mais do que em 2022, que registrou 156 casos (89 autóctones e 67 importados).
Na sequência está Diadema, que em 2023 chegou a 227 registros de dengue (174 autóctones e 53 importados), número 28,97% maior que 2022, quando a cidade teve 176 casos (135 autóctones e 41 importados). Mauá soma 92 casos de dengue em 2023 (31 autóctones e 61 importados), três casos a mais do que o registrado em 2022, quando foram diagnosticados 60 pacientes autóctones e outros 29 casos importados.
Apesar de ter registrado 81 casos de dengue no ano passado, São Bernardo registrou queda de 44,89% no número de ocorrências da doença em comparação a 2022, ano em que a cidade teve 147 registros de dengue, sendo 94 autóctones e 53 importados. São Caetano também apresentou queda no número de casos da doença no ano passado. Foram 62 registros, sendo 25 autóctones e 37 importados, enquanto em 2022 foram 98 casos, sendo 18 autóctones e 80 importados – queda de 36,73% no índice.
Já Ribeirão Pires contabilizou 23 casos de dengue em 2023, sendo sete casos autóctones e 16 importados. No ano anterior, a cidade registrou 15 casos da doença (quatro autóctones e 11 importados). A Prefeitura de Rio Grande da Serra não se manifestou até o fechamento da reportagem.
Disseminação do mosquito
Em todas as cidades, os trabalhos para a disseminação do mosquito transmissor da doença (Aedes aegypti) foram intensificados, com instalação de armadilhas para o mosquito e mais visitas a pontos estratégicos, como estacionamentos desativados, borracharias e cemitérios.
Para se ter ideia, em Ribeirão Pires uma parceria com a Biovec Brasil realizada em março de 2023 rendeu a instalação de mais de 600 armadilhas para o mosquito na cidade. O município, no entanto, não informou quantos pontos são assistidos pela equipe de vigilância, assim como Diadema, que também não informou. Na contrapartida, Mauá diz monitorar 47 pontos estratégicos para criadouro do mosquito, São Bernardo (100) e São Caetano (10).
https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3372026/casos-de-dengue-no-abc-disparam-12-em-um-ano/