
Publicado em 26/12/2023 - 17:00 / Clipado em 26/12/2023 - 17:00
CIESPs projetam mobilização conjunta para superar ‘momento emergencial’
Amanda Lemos
A partir de 2024, a meta dos CIESPs da região (Santo André, São Bernardo e São Caetano) é a de estreitar, ainda mais, a relação entre as entidades para que, juntas, possam enfrentar o chamado “momento emergencial” na economia regional. Essa é a afirmação de Norberto Luis Perrella, diretor titular do Ciesp Santo André, que abrange também as cidades de Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
De acordo com Perella, o setor empresarial vive um cenário de extrema insegurança, principalmente após a saída de grandes empresas da região, como a Toyota e a Ford, o que fez com que muitos empresários recuassem seus investimentos planejados para 2023 e 2024. “Também tivemos um susto grande com a questão da reforma trabalhista e as mudanças no âmbito federal que brecaram o empresário”, afirma. Apesar disso, o Ciesp Santo André investe em discussões no setor e novidades a serem definidas para o próximo ano, a fim de ampliar a evolução no consumo regional.
Para que isso aconteça, o diretor do Ciesp Santo André considera ser preciso um movimento forte para que o ABC volte a ser o centro econômico do país. “A competitividade, que é muito falada nos dias atuais, tem onerado a produção na região, e isso tem impactado na remuneração de profissionais e na geração de mais consumo na região”, avalia. Segundo Perella, falta uma política industrial no País e um elo entre as forças econômicas para garantir a solução de problemas hoje existentes na indústria.
A proteção da indústria com uma política nacional talvez seja interessante em um primeiro momento, quando há o planejamento de negócios, diz o diretor, mas a alternativa não deve ter um prazo longo, a fim de motivar que as entidades se unam para a realização de negócios e solução de problemas. “Se pensarmos que na indústria regional as cidades enfrentam, particularmente, o mesmo problema, entendemos a importância da união de esforços para garantir maior representatividade na indústria”, salienta.
Para Perella, a cadeia produtiva não está concentrada em uma só cidade, mas restrita a uma região até maior que o próprio ABC. “Por isso acreditamos muito na união de CIESPs e é isso que vamos trabalhar a partir do próximo ano, com objetivo dos conselheiros se conhecerem, os diretores trocarem relacionamentos e daí sair a possibilidade de novos negócios”, explica. Atualmente, a entidade investe na integração das entidades, dos conselhos e diretores de área.
Veículo: Online -> Site -> Site Repórter Diário
Seção: Economia