Publicado em 18/12/2023 - 08:05 / Clipado em 18/12/2023 - 08:05
ABC conta com apoio do Estado para reduzir filas de cirurgias oftalmológicas
Henrique Araújo
Para garantir cirurgias oftalmológicas, exames e consultas no Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde repassou para o Estado de São Paulo cerca de R$ 60 milhões, em 2023, para investir no Plano de Redução de Filas. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES), de janeiro a outubro de 2023, foram feitas 3.387 cirurgias eletivas oftalmológicas no ABC com o investimento aportado pelo Estado.
São Bernardo mantem um contrato com a FMABC para consultas, procedimentos e cirurgias oftalmológicas. Todos os procedimentos considerados casos de emergência são atendidos sem fila de espera. Para as cirurgias consideradas eletivas, a maior espera, no momento, é para correção de catarata.
Em Ribeirão Pires, há uma fila de aproximadamente 700 cirurgias oftalmológicas. Para agilizar os procedimentos, a cidade possui o Centro de Especialidades Oftalmológicas, inaugurado em maio de 2023, que agiliza o diagnostico e o encaminhamento para a cirurgia.
Dispondo também de um serviço de prestação para cirurgias oftalmológicas, Diadema conta com o Ambulatório de Oftalmologia do Quarteirão da Saúde, que realiza serviços de média complexidade como as cirurgias de catarata, estrabismo, pterígio, plástica ocular, glaucoma e algumas cirurgias de retina em moradores da cidade. Atualmente, são realizadas em torno de 100 cirurgias oftalmológicas por mês. A Prefeitura investiu na reforma dos centros cirúrgicos do serviço e na compra de equipamentos e instrumental para o procedimento, onde visa ampliar o número de atendimentos no próximo ano.
A Prefeitura de Mauá diz que não possui dados sobre a quantidade de pacientes que aguardam por cirurgia oftalmológica, pois nem todo paciente encaminhado para consulta no oftalmologista apresenta quadro que necessite de cirurgia. Já em São Caetano, não há filas para cirurgias desse segmento.
As demais prefeituras do ABC não responderam sobre as filas de cirurgias oftalmológicas e como contribuem para a redução das mesmas até o fechamento desta reportagem.
Lentidão das filas de cirurgias
Segundo o professor de oftalmologia do Centro Universitário FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Renato Leça, muito tempo sem atendimento oftalmológico pode fazer com que a visão seja prejudicada. “Com a demora no atendimento do serviço público, as queixas eventuais de dores de cabeça, cansaço, sonolência e dor nos olhos surgem e passam a prejudicar quem precisa”, destaca.
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Seção: Saúde