
Publicado em 08/11/2023 - 06:20 / Clipado em 08/11/2023 - 06:20
Saúde lida com nova fase de demanda de exames e consultas, aponta Regina Maura
Carlos Carvalho
As consequências da Covid-19 seguem atingindo o setor de Saúde. Em entrevista ao RDtv, a secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura Zetone, relatou um novo movimento de aumento na demanda de exames e consultas devido aos resultados descobertos nos mutirões realizados no município. Munícipes estão descobrindo tardiamente algumas doenças, o que está aumentando a necessidade de contratação de outros especialistas.
Ao ser questionada sobre as filas de exames e consultas, Regina Maura relatou que as filas existentes em decorrência do período de isolamento foram superadas, mas outras passaram a surgir. “Vencendo aquela demanda em cima do atendimento você tem um outro atendimento em uma especialidade e acaba existindo a necessidade de encaminhamento para outra especialidade. Acaba sendo solicitado mais exames do que você tem, fora aqueles que você estava esperando, e tem os novos que vão vindo”.
Regina já alerta para a necessidade de novos mutirões na cidade. Os pedidos de colonoscopia e endoscopia estão aumentando, inclusive entre pessoas mais novas, por causa do aumento do número de casos de câncer de intestino. Ainda há outros tipos de doenças oncológicas em que o número de diagnósticos aumentou como o câncer de mama, de pele, ou nas regiões da cabeça e pescoço.
A secretária aponta que o setor de Saúde segue “enxugando gelo”, pois existe uma necessidade grande de especialistas e a dificuldade de encontrá-los segue sendo grande, inclusive na iniciativa privada. Segundo Regina, para uma colonoscopia a fila chega a ser de quatro meses nos planos de saúde.
Regina Maura relata que desafios são comuns entre os municípios, algo que foi visto por técnicos que trabalham em algumas cidades da região (Foto: Reprodução)
Outro ponto que também aumentou a demanda foi a maior procura pelo serviço público de saúde, pois muitas pessoas perderam os seus empregos ou parte de sua renda, e por consequência, também perderam o acesso a saúde privada. Mas mesmo aqueles que seguem com este acesso acabam procurando o poder público com a esperança de dar celeridade aos exames ou consultas que precisam fazer.
Um cenário parecido também aparece na saúde mental, principalmente na busca de alguns especialistas para a realização de alguns tratamentos. A cidade está apostando em um atendimento coletivo como forma de conseguir ajudar a mais pessoas ao mesmo tempo.
Vacina
Outro desafio que segue nas cidades é o da vacinação. Regina Maura aponta que houve uma mudança de cultura em relação as vacinas e as dificuldades seguem ocorrendo por causa das informações falsas que são divulgadas pelas redes sociais.
“Eu acho que a campanha antivacina foi muito competente. Infelizmente as pessoas acreditam em qualquer coisa que ouvem ou que leem na internet. Qualquer coisa que se fala e as pessoas ficaram realmente com um pé atrás em relação a vacina. Você não pode obrigar as pessoas a se vacinarem, mas a sempre alertamos para a importância que tem a vacina para a erradicação de tantas doenças que nós temos e o perigo de que doenças já extintas, como a poliomielite, voltem”, explica.
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Seção: Saúde