Publicado em 26/10/2023 - 19:30 / Clipado em 26/10/2023 - 19:30

Editorial - Silêncio ensurdecedor

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 Por Redação

 

Lideranças trabalhistas e políticas estão há quase uma semana mobilizadas para tentar reverter as cerca de 300 demissões na fábrica da General Motors em São Caetano – anteontem, o assunto entrou na pauta do governo federal, com o ministro Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) determinando a formalização de mesa de diálogo entre empresa e sindicatos. Há, todavia, uma ausência sentida, a do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB), que até hoje não se manifestou sobre o episódio, como se a situação não lhe dissesse respeito. Estranho. Assim como é estranhíssimo a uma companhia cortar quase 10% do total de trabalhadores logo na sequência de obter lucro trimestral de R$ 12,9 bilhões no Brasil.

O comportamento do prefeito de São Caetano é algo que deixa a população perplexa. A GM é uma das principais fontes de receita para o município, contribuindo significativamente com impostos que sustentam serviços públicos e o bem-estar dos cidadãos. Portanto, é desconcertante que o líder político e administrativo da cidade, que tem o dever de representar e proteger os interesses de seus munícipes, não tenha emitido uma palavra sequer em resposta a essa crise que afeta diretamente a comunidade. Sua omissão diante da situação, que tem implicações econômicas e sociais graves, levanta dúvidas sobre sua liderança e seu compromisso com o futuro de São Caetano.

A GM é mais do que uma empresa; é parte da identidade de São Caetano, e as demissões em grande escala têm impacto profundo na vida da comunidade. A mudez do prefeito diante desta crise de empregos é notável, pois ele parece negligenciar seu papel fundamental de defesa dos interesses locais. Os cidadãos esperam uma liderança pró-ativa que busque soluções para mitigar os impactos negativos dessas demissões e proteger postos de trabalho e a economia municipal. A ausência de resposta de Auricchio neste momento de adversidades suscita preocupações sobre sua capacidade e vontade de atuar em prol da cidade – que ele administrará até 2024. Há silêncios ensurdecedores. Eis um caso.

 

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