
Publicado em 19/10/2023 - 18:03 / Clipado em 19/10/2023 - 18:03
‘Base tem maioria para a privatizar a Sabesp, mas vamos resistir”, diz Luiz Fernando
Carlos Carvalho
O deputado estadual Luiz Fernando Teixeira (PT), em entrevista ao RDtv desta quinta-feira (19/10), reforçou a estratégia da oposição em judicializar o debate sobre a privatização da Sabesp. O petista aponta que apesar do Governo do Estado ter maioria para aprovar a medida, haverá um processo de resistência para evitar a redução da participação pública nas ações da autarquia.
Questionado sobre uma possível dificuldade do governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) em aprovar a privatização devido ao conteúdo polêmico, Teixeira considera que a base governista vai se unir para aprovar o projeto que foi protocolado no início desta semana.
“O governo tem maioria na Casa. Só aqui no ABC tem a deputada Carla Morando (PSDB), o deputado Thiago Auricchio (PL), Atila Jacomussi (SD), a deputada Ana Carolina (Serra, Cidadania) que apoiam o governo. Eu acho que o governador tem maioria para privatizar. Nós vamos resistir, vamos judicalizar, vamos tentar manter a água na mão do povo de São Paulo, a Sabesp pública, pois a satisfação não é ter lucro com a água, mas é manter a água para a população e para a indústria de São Paulo”, falou o parlamentar.
A busca da Justiça para evitar a privatização foi confirmada no início do mês de outubro por integrantes das bancadas do PT e Psol. A informação foi reforçada após a apresentação do projeto de lei para 60 vereadores que estão na base de apoio de Tarcísio. O governador pediu urgência para a votação e considera que até dezembro haverá a aprovação.
Atualmente o Estado conta com 50,3% das ações da Sabesp. Outros 34,4% estão com a B3 e 15,3% são negociados na Bolsa de Nova York. A ideia do Governo do Estado é ficar com um valor abaixo, entre 15% e 30% das ações. O objetivo é aumentar o tamanho do investimento da companhia para a universalização da água, saindo dos R$ 56 bilhões e chegando aos R$ 66 bilhões. Além disso, reduzir o tempo para alcançar a meta, buscando concluir tudo até 2029, sendo que o prazo anterior era de 2033.
Luiz Fernando também não crê que o Estado, em caso de privatização, consiga a manutenção do valor da tarifa da água por muito tempo. Em seu entendimento, o petista não crê em um período maior que dois anos e ainda aponta que não há um outro mecanismo que consiga reduzir o valor que estará nas futuras contas, algo que considera como um outro prejuízo do projeto.
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Seção: RDtv, Política