Publicado em 18/09/2023 - 13:20 / Clipado em 18/09/2023 - 13:20
Após ano ruim, time de vôlei de São Caetano busca bom desempenho na Superliga B
Equipe conta com técnico medalhista olímpico é a única a representar a região do ABC na modalidade em nível nacional
RYAN LEME
Da Redação*
O time feminino de vôlei de São Caetano foi o último colocado no Campeonato Paulista de 2023. Com 371 pontos marcador, contra 493 pontos sofridos, o time finalizou a campanha com derrotas em todos os seis jogos disputados.
William Carvalho, ex-jogador e medalhista olímpico, é o técnico do A.A São Caetano e conta que o desempenho no campeonato estadual foi o esperado. “O elenco estava em fase de montagem e é jovem, com muitas atletas do sub-21. Além disso, disputamos duas competições ao mesmo tempo. O Campeonato Paulista foi encarado como preparação para os Jogos Abertos e a Superliga A”. Segundo o profissional, houve lesões durante os jogos mais importantes da campanha, o que dificultou ainda mais o bom desempenho.
A partida que marcou a despedida do São Caetano na competição foi contra o Sorocaba, no começo do mês. O jogo acabou em três sets a um para o time do interior. A atleta Eduarda Amaral, 20, conta que o estadual serviu para ganhar entrosamento e conhecer times adversários. “No Paulista, pegamos ritmo para os Jogos Abertos. Infelizmente, ficamos em último lugar, mas isso não significa que nosso elenco não tem capacidade de apresentar um desempenho melhor nos campeonatos mais importantes.” A jogadora ainda destacou que a competição foi a primeira disputa de grande parte das atletas do time.
O São Caetano é o único time feminino que representa a região em níveis nacionais do voleibol. Atualmente, joga a Superliga B, que representa a segunda divisão do vôlei nacional e tem início no mês de outubro, juntamente com os Jogos Abertos do Interior. O técnico William Carvalho conta que a preparação para a disputa nacional é difícil, pois nesse período também são disputados campeonatos sub-21, o que dificulta os treinamentos com o grupo completo. “Sabemos que a Superliga exige um nível de desempenho muito difícil e experiência, que esperamos conquistar durante os jogos. Então, nosso objetivo inicial é permanecer na competição.”
A central Giulia Muralha, 24, relata que o elenco está trabalhando duro para os Jogos Abertos do Interior e para a disputa nacional. “Tentaremos fazer o melhor em nossos jogos. Sabemos que nosso time é jovem, mas o São Caetano tem tradição e costuma sempre revelar atletas mais novos”, compartilha. O clube participou da última edição da Superliga nacional da primeira divisão, que acabou em maio deste ano. O time conquistou três vitórias na campanha, mas foi rebaixado para a segunda divisão, à frente apenas do Abel Moda Vôlei.
William Carvalho explica que a própria pressão dos jogos e o sentimento de competição fazem com que o elenco continue motivado e não pense no rebaixamento. “Sempre falo sobre isso no vestiário. Ter a oportunidade de trabalhar com o que gosta, enfrentar adversárias com nível de seleção brasileira, jogar a competição de nível mais alto no nosso país. Tudo isso, tem que ser motivação por si só.” O técnico afirma que, apesar disso, também oferece todo apoio e ajuda para as atletas mais jovens.
Para a jogadora Eduarda Amaral, o rebaixamento é a pior parte, mas também trata o momento como uma espécie de combustível para buscar os próximos objetivos. “Agora, estamos com dedicação total, sabemos o quanto foi ruim o rebaixamento, ainda mais para um clube tradicional como o São Bernardo. Não queremos isso novamente.”
A melhor Campanha do A.A São Caetano foi o título da Superliga B, em 2022. Na época, o clube tinha o patrocínio da empresa Energis 8. Atualmente, o clube se encontra sem patrocínio e o técnico William Carvalho relata que enxerga dificuldade em disputar campeonatos de alto nível sem apoio financeiro.
*Esta reportagem foi produzida por estagiários da Redação Multimídia do curso de Jornalismo da Universidade Metodista de São Paulo.
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