Publicado em 18/09/2023 - 08:14 / Clipado em 18/09/2023 - 08:14
Denúncias e processos de assédio sexual aumentaram 48% este ano no ABC
Beatriz Gomes
As denúncias e processos judiciais de assédio sexual cresceram 47,5% no ABC nos primeiros oito meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo levantamento realizado pelo TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a pedido do RD, em 2023 foram registradas 59 ocorrências do tipo contra 40 realizadas no ano passado. Levantamento abrange Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema.
São Bernardo concentra a maior parte dos processos deste ano, com 30 no total contra 13 em 2022, um aumento de 130,7%. Em seguida aparece Santo André, que teve crescimento de 50% no número de processos judiciais abertos de assédio sexual. Foram 14 no ano passado e 21 de janeiro a agosto deste ano.
Enquanto isso, Diadema e São Caetano registraram queda. Em Diadema, 10 processos de assédio sexual foram abertos de janeiro até agosto de 2022, enquanto no mesmo período deste ano foram sete. Já São Caetano teve apenas um novo processo da criminalidade este ano, contra três no ano passado.
O MPT-SP (Ministério Público do Trabalho de São Paulo) também informa que o número de denúncias de assédio sexual no ambiente de trabalho triplicou de 2022 para 2023, quando foram contabilizadas 3 e 9 denúncias, respectivamente. Porém, o MPT-SP não informa os números em cada município. Questionada, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) não contabiliza denúncias e casos de assédio.
Atendimento às vítimas
Em entrevista ao RD, a delegada da Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher de Diadema, Renata Lima de Andrade Cruppi, explica que todas as vítimas de assédio sexual ou moral são atendidas da maneira mais humana possível. “Em muitos casos, não existe nenhuma testemunha direta do assédio e, por isso, a vítima tende a sentir que não será ouvida e que ninguém acreditará no seu depoimento. Por conta disso, prestamos muita atenção em toda a narrativa da vítima e sempre a tratamos da melhor maneira possível, sem nunca desacreditar naquilo que está sendo dito”, afirma.
O assédio sexual é crime, definido no artigo 216-A do Código Penal. É definido como um constrangimento com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função e, muitas vezes, as vítimas se calam por medo de perderem seus cargos ao denunciar um superior. “Felizmente, no caso do ambiente de trabalho, já existem departamentos dentro de empresas especializados em receber essas denúncias e tomar as medidas necessárias, o que pode incluir a demissão do agressor”, diz a delegada.
Renata expõe ainda que o número de denúncias recebidas pela Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher de Diadema para o crime de assédio apresentou grande crescimento o que, na sua opinião, é algo positivo. “É importante que as vítimas denunciem qualquer ocorrência, seja assédio sexual ou moral, para que seja iniciada a investigação e para que os agressores sofram as devidas penalidades”, finaliza.
As denúncias e processos judiciais de assédio sexual cresceram 47,5% no ABC nos primeiros oito meses deste ano, em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo levantamento realizado pelo TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a pedido do RD, em 2023 foram registradas 59 ocorrências do tipo contra 40 realizadas no ano passado. Levantamento abrange Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema.
São Bernardo concentra a maior parte dos processos deste ano, com 30 no total contra 13 em 2022, um aumento de 130,7%. Em seguida aparece Santo André, que teve crescimento de 50% no número de processos judiciais abertos de assédio sexual. Foram 14 no ano passado e 21 de janeiro a agosto deste ano.
Enquanto isso, Diadema e São Caetano registraram queda. Em Diadema, 10 processos de assédio sexual foram abertos de janeiro até agosto de 2022, enquanto no mesmo período deste ano foram sete. Já São Caetano teve apenas um novo processo da criminalidade este ano, contra três no ano passado.
O MPT-SP (Ministério Público do Trabalho de São Paulo) também informa que o número de denúncias de assédio sexual no ambiente de trabalho triplicou de 2022 para 2023, quando foram contabilizadas 3 e 9 denúncias, respectivamente. Porém, o MPT-SP não informa os números em cada município. Questionada, a SSP-SP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) não contabiliza denúncias e casos de assédio.
Atendimento às vítimas
Em entrevista ao RD, a delegada da Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher de Diadema, Renata Lima de Andrade Cruppi, explica que todas as vítimas de assédio sexual ou moral são atendidas da maneira mais humana possível. “Em muitos casos, não existe nenhuma testemunha direta do assédio e, por isso, a vítima tende a sentir que não será ouvida e que ninguém acreditará no seu depoimento. Por conta disso, prestamos muita atenção em toda a narrativa da vítima e sempre a tratamos da melhor maneira possível, sem nunca desacreditar naquilo que está sendo dito”, afirma.
O assédio sexual é crime, definido no artigo 216-A do Código Penal. É definido como um constrangimento com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função e, muitas vezes, as vítimas se calam por medo de perderem seus cargos ao denunciar um superior. “Felizmente, no caso do ambiente de trabalho, já existem departamentos dentro de empresas especializados em receber essas denúncias e tomar as medidas necessárias, o que pode incluir a demissão do agressor”, diz a delegada.
Renata expõe ainda que o número de denúncias recebidas pela Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher de Diadema para o crime de assédio apresentou grande crescimento o que, na sua opinião, é algo positivo. “É importante que as vítimas denunciem qualquer ocorrência, seja assédio sexual ou moral, para que seja iniciada a investigação e para que os agressores sofram as devidas penalidades”, finaliza.
Veículo: Online -> Site -> Site Repórter Diário
Seção: Polícia