
Publicado em 04/09/2023 - 07:50 / Clipado em 04/09/2023 - 07:50
Procura por testes e exames em farmácias cresce 52% em agosto no ABC
Beatriz Gomes
Desde o dia 1º de agosto as farmácias de todo o Brasil atuam com a liberação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para realizar mais de 40 exames de análises clínicas. Com isso, no ABC houve crescimento de 52% na realização dos testes nos estabelecimentos em comparação a julho, segundo informações da Hilab, empresa que desenvolve dispositivos e tecnologias nacionalmente para análises clínicas.
Estão à disposição nas farmácias diversos tipos de exames, desde os mais simples e conhecidos, como os que identificam gravidez e diabetes, até alguns mais específicos, como o de PSA (para pesquisa de câncer de próstata), dengue, zika, influenza e nível de Vitamina D, entre outros.
Em agosto, os testes mais realizados no ABC foram o BHCG (exame de sangue para detectar gravidez), hemoglobina glicada (para medir o índice de açúcar do sangue), perfil lipídico (para medir o colesterol e avaliar o risco de doenças cardíacas) e o PSA.
Nas grandes redes de drogarias presentes no ABC, como a Drogaria São Paulo, Drogasil e Droga Raia, são realizados testes de covid-19, influenza A e B, anticorpos IgM e IgC, testes genéticos, exames BHCG, hemoglobina glicada, perfil lipídico, TSH Tireoide(avalia como está o funcionamento da tireoide para detectar doenças ou para monitor o tratamento de pacientes com problemas na tireoide), testes para detectar dengue e zika, exame anti-mülleriano (para medição de hormônios femininos), tipagem sanguínea e até exame para detectar vitamina D no sangue.
De acordo com a Anvisa, a ideia é que esses procedimentos feitos em farmácias sirvam como espécie de triagem, e que os exames realizados em laboratórios clínicos permaneçam como “padrão ouro” para fins de diagnóstico.
Para o RD, o professor titular de análises clínicas do departamento de patologia e coordenador do laboratório de análises clínicas da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC), Fernando Luis Afonso Fonseca, afirma que a eficácia de um teste é medida pela metodologia. “Os testes rápidos utilizam a imunocromatografia para identificar doenças infecciosas, como a covid-19 ou a influenza por meio da produção de anticorpos ou até a detecção de certos hormônios, como no teste BCHG. Ao comparar com os testes feitos em laboratórios e clínicas, que possuem método diferente, a eficácia será diferente”, explica.
Fonseca destaca ainda que todo teste deve ter um critério para ser realizado e, esse critério deve obrigatoriamente ser clínico já que não existe sentido em realizar uma avaliação laboratorial sem a recomendação de um médico. “No caso da covid, a testagem é parte essencial para o isolamento e, os testes antígenos nas farmácias podem ter contribuído para que as pessoas se isolassem mais rapidamente, mas mesmo nesses casos de suspeitas, a indicação de um médico é essencial”, acrescenta.
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Seção: Saúde