
Publicado em 01/09/2023 - 07:38 / Clipado em 01/09/2023 - 07:38
Valor da cesta básica chega ao seu menor patamar no ABC desde março/22
Carlos Carvalho
A Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) divulgou nesta quinta-feira (31/08) sua nova pesquisa sobre o valor dos produtos da cesta básica. Os dados de agosto apontam uma queda de 1,96% em relação a julho, chegando aos R$ 1.022,28 – o menor valor desde março de 2022. O quilo da batata, tomate, frango e cebola apresentaram forte queda, enquanto o quilo da banana aumentou quase 25%.
O engenheiro agrônomo da Craisa, Fabio Vezzá de Benedetto, em entrevista ao RDtv, explica que houve uma queda de uma série de produtos da cesta durante o período de inverno, entre eles leite, algumas carnes e os hortifrutis.
“Chama a atenção o leite que teve um recuou de 23% em relação ao mesmo período do ano passado. Nesse mês ele recuou 4%, parece pouco, mas é bom. Uma queda em uma época em que sempre observamos um preço mais alto para o leite. Em uma época de entressafra para carnes e leites no inverno”, observou.
Fábio destaca as mudanças climáticas como fator que pode influenciar futuramente nos preços dos produtos da cesta básica (Foto: Reprodução)
Sobre os produtos com maior redução aparecem: a batata (1kg) que teve queda de 18,13% no valor; o tomate (1kg) com queda de 14,18%; o frango (1kg) com queda de 11%; e a cebola (1kg) com queda de 10,85%. A carne bovina de segunda também apresentou redução do preço do quilo em 7,77%.
Nos casos da batata, cebola e tomate, Fábio considera que o fator climático acabou colaborando para a redução de preço. “O inverno é ruim? Depende de qual cultura você está falando. Eu sempre tento levar em conta a parte mais agrícola para analisar. O inverno para a hortaliça, e no caso a batata, o tomate e a cebola poderiam ser considerados dessa cultura, se fortalecem nessa época do ano. Tempo ameno, mas para o frio, e ausência de chuva”.
No caso dos produtos que ficaram mais caros, o quilo da banana teve o valor mais acentuado, saindo dos R$ 5,25 e chegando aos R$ 6,56, uma alta de 24,98%. Neste caso, Fábio aponta que o clima também foi influente, mas de maneira contrária. O tempo seco e frio acabam reduzindo a produção da fruta, enquanto outros frutos conseguem ter uma maior oferta e por isso acabam ficando mais baratos.
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Seção: Economia