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Publicado em 01/08/2023 - 07:54 / Clipado em 01/08/2023 - 07:54

Apesar de saldo positivo, Aroaldo defende debate sobre qualidade de emprego no ABC


Carlos Carvalho

 

Os dados do CAGED (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego), divulgados na semana passada, apontaram um primeiro semestre positivo para o ABC. Mesmo com o saldo de 6.831 vagas de emprego, a qualidade deste serviço é alvo de debates na região. Em entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (31/07), o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico Grande ABC, Aroaldo Silva, ressaltou a necessidade de uma ação maior para empregos que possam ter mais rentabilidade.

O apontamento é exemplificado com os dados do mês de junho. Quando o recorte do saldo de emprego e desemprego é visto sobre o prisma da escolaridade, o saldo das vagas para quem tem Ensino Superior Completo foi negativo (-867), enquanto os que contam com o Ensino Médio Completo apresentaram o valor positivo (994). Sobre a faixa de idade, quem conquistou mais empregos foram aqueles entre 18 e 24 anos, considerado um grupo com maior rotatividade.

“A região tem colado no crescimento do Brasil. É muito importante isso, mostrar que a região retoma esse crescimento, volta a ter perspectiva quando temos a possibilidade de discutir outras questões. O que chama sempre mais atenção, e aí é um motivo de reflexão, acho que é um dos grandes debates que temos feito aqui, tanto na região quanto no Estado e Governo Federal, que é sobre a qualidade do emprego”, inicia Aroaldo.

“Qual é o emprego que estamos criando? É um emprego mais perene? É um emprego que desdobra em alguns setores da economia? É uma renda mais alta? Essa é a avaliação que estamos fazendo e discutindo, e que precisamos pensar para até organizar a política pública de médio e longo prazo”, segue o presidente da Agência de Desenvolvimento.

Questionado sobre as ações de curto prazo, Aroaldo aponta a necessidade das cidades “nivelarem” suas ações de desburocratização da instalação de empresas, o que pode gerar uma maior competição com outras regiões do País, principalmente na área de Indústria e Serviços. Uma das maiores preocupações é não ter empresas que possam gerar um valor agregado maior, como as áreas de tecnologia e informação.

Outro ponto é acelerar ações que possam valorizar setores que ainda não contam com o reconhecimento tão sonhado na região, entre eles, o Polo Petroquímico que ainda aguarda um reconhecimento por parte do Governo do Estado para potencializar suas ações.

Enquanto isso, a Agência de Desenvolvimento do Grande ABC ainda segue com os debates junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) em busca de um acordo para a carta compromisso que pode ser assinada nos próximos meses. O que já foi definido é que diferente do que foi apresentado no início das negociações, não haverá um posto avançado do Banco no ABC, mas a ideia é seguir com o processo de abertura de crédito para os mais diversos setores.

 

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3295471/apesar-de-saldo-positivo-aroaldo-defende-debate-sobre-qualidade-de-emprego-no-abc/

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Seção: Economia