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Publicado em 24/07/2023 - 16:22 / Clipado em 24/07/2023 - 16:22

No Dia do Motorista, ABC tem mais de 6,5 milhões de condutores de carros e motos


George Garcia

 

Com cada vez mais carros e motos, além dos ônibus e caminhões, o trânsito no ABC está ficando mais parecido com o das grandes metrópoles. Segundo o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) só na região são 6,5 milhões de carteiras de motorista ativas, sendo a maioria delas de motoristas amadores, da chamada Categoria B, seguidos pelas cartas A (de moto) ou A/B (carro e moto) que somam 1,7 milhões de carteiras. O restante é de motoristas profissionais como os que dirigem caminhões, ônibus, táxis e vans. Com tanta gente ao volante, sair de carro virou um momento de tensão, seja pelo medo de assaltos, pelo risco de acidentes ou mesmo pelo custo de manutenção do veículo diante de vias que nem sempre oferecem boa condição de tráfego.

Dados do Infosiga, publicados pelo RD na última semana mostram que a região teve o primeiro semestre mais letal dos últimos seis anos, sendo os motociclistas a maior parte das vítimas. Nos primeiros seis meses deste ano foram registradas 104 mortes, número 14,28% maior do que os 91 óbitos de 2022 no mesmo período. Destas mortes, 52 foram de motociclistas, número que também cresceu se comparado com o ano passado, quando morreram 38 pessoas em veículos de duas rodas, alta de 36,84%. (Leia mais em: https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3290544/transito-do-abc-tem-semestre-mais-fatal-dos-ultimos-seis-anos/).

O maior temor de quem sai de casa dirigindo são os assaltos. De acordo com os dados da Secretaria de Segurança Pública, de janeiro a maio deste ano o número de roubos e furtos de veículos teve queda de 18,8%. A única cidade em que os dois tipos de crime, roubo e furto, tiveram aumento foi Diadema, com variação de 29% e 32,8% respectivamente. Ribeirão Pires teve alta de 23,4% nos furtos. Em todo o restante do ABC os números caíram. Apesar disso os flagrantes de desmanches clandestinos de veículos, de onde saem as peças retiradas dos veículos subtraídos continua.

Quem sofre tudo isso na pele de forma mais acentuada são os motoristas de aplicativo que, em geral, trabalham mais de 10 horas por dia dirigindo. Para Paulo Calfat Júnior, que trabalha na área há quatro anos, são inúmeros os fatores que trazem insegurança e medo. Ele conta que gosta de dirigir, mas se encontrasse um emprego em outra área, deixaria de lado o volante. “Minha maior preocupação é as imprudências de alguns motoristas e os assaltos também”, relata.

Calfat Júnior dirige em média 15 horas por dia e ele diz que para ter renda suficiente para se manter, é preciso ficar muitas horas ao volante, já que a empresa de transporte por aplicativo fica com a maior parte dos ganhos. Pelas ruas o motorista vê muitos acidentes envolvendo motos e ele confirma os dados do Infosiga. “Infelizmente os motoqueiros devido a tentarem realizar entregas mais rápido acabam se envolvendo em mais acidentes no trânsito”.

Em ordem de importância, a preocupação com a sua própria segurança é o maior temor do motorista de aplicativo. “Ser assaltado vem em primeiro lugar, o segundo maior medo é não fazer suficiente para meu dia e o terceiro é sofrer algum acidente”, diz motorista o motorista que completa: “Gosto dirigir, mas hoje faço mais por obrigação, se tivesse outro emprego ao invés dirigir seria melhor”.

 

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3292213/no-dia-do-motorista-abc-tem-mais-de-65-milhoes-de-condutores-de-carros-e-motos/

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Seção: Cidades