Publicado em 21/07/2023 - 12:58 / Clipado em 21/07/2023 - 12:58

Moradora de São Caetano utiliza o esporte na batalha contra o câncer

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POR REDAÇÃO

 

Foto: Alexandre Yort / PMSCS

 

Suely Hanae Shibata Ishizaki, 55 anos, moradora do Bairro Olímpico há seis anos, é um grande exemplo de como o esporte pode ser utilizado para promover qualidade de vida e superação. Ela encontrou na prática do muay thai uma forma de enfrentar com mais leveza, disposição e alegria o tratamento contra o câncer.

Pertencente a uma família de lutadores (os primos são judocas), Suely relata que, de alguma forma, as artes marciais sempre fizeram parte de sua vida. “Logo que cheguei em São Caetano, vim com a ideia de procurar um local que eu pudesse fazer alguma luta, mas não sabia ao certo qual. Foi quando encontrei uma academia e me falaram para fazer uma aula com o professor Juba (Juscelino Rodrigues). Tive uma aula experimental e gostei muito do muay thai”, relembra.

Sua vida, no entanto, teve uma mudança radical e repentina logo em seguida. No ano de 2020, em plena pandemia da covid-19, passou a sentir-se mal e, mesmo indo ao médico, os sintomas se intensificaram. Em dezembro do mesmo ano, Suely teve o diagnóstico de tumor neuroendócrino, um tipo raro de câncer que atingiu pâncreas, fígado e pulmões.

Por muitos dias, o mundo dessa guerreira pareceu estar fadado a ruir, porém, uma luz novamente surgiu. O muay thai do professor Juba passou a ser sua válvula de escape, no sentido de autoestima e perseverança na luta contra a doença.

“Não é pelo fato de estar doente que eu vou ficar triste, em casa. Quanto mais praticamos atividade física, a nossa vida fica melhor e, particularmente, eu evoluí física e mentalmente depois do diagnóstico, muito por conta do muay thai. Há dias em que eu não estou bem e venho ao CTE (Centro de Treinamento Esportivo Mario Chekin), treino e me sinto muito melhor”, garante a lutadora.

Suely faz questão de deixar uma mensagem de agradecimento e, ao mesmo tempo, de estímulo. “Em primeiro lugar tenho de agradecer por estar viva, e também ao meu treinador, meus colegas e minha família. Em segundo, gostaria de dizer a todos aqueles que, de alguma forma, passam por momentos difíceis na vida, que para tudo dá-se um jeito. Na minha opinião, o esporte é o melhor jeito de todos, porque aqui fiz amigos, me sinto mais viva do que nunca, e muito forte para enfrentar meus problemas”, finalizou.

 

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