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Publicado em 12/07/2023 - 16:14 / Clipado em 12/07/2023 - 16:14

Movimento em prol do Instituto Federal do ABC defende novo modelo de ação educacional


Susete Davi

 

O movimento não é novo e diz respeito à ampliação da oferta pública de educação na esfera federal, que trouxe para a região nos anos 2000 a Universidade Federal do ABC, hoje com campi em Santo André e São Bernardo. Desde então a ideia do Instituto Federal (IF) do ABC se inspirou na possibilidade de ter unidades por aqui. Vale dizer que a diferença entre as universidades federais públicas e os Institutos Federais é que as universidades trabalham com o ensino superior (graduação e pós graduação) e os IFs trabalham com o ensino médio, técnico, integrado, e ensino superior.

Marineide Gomes, professora e membro da coordenadoria do movimento em prol do IF ABC, diz que o projeto quer algo novo, capaz de alavancar o desenvolvimento da região que conta 2,8 milhões de habitantes nos sete municípios e experimentou nas últimas décadas mudanças no perfil econômico por conta do êxodo industrial. “Muitas empresas foram embora e outras ameaçam deixar a região, o que significa desemprego em massa e a precarização cada vez maior dos empregos existentes”, aponta.

Segundo Marineide hoje existem mais de 600 unidades de IFs no País – nenhum deles no ABC. E o atual governo tenciona construir mais 400 no mínimo, para chegar a mil unidades no Brasil. “A reinvindicação do movimento por um IF na região do ABC é justamente para diversificar a oferta de educação pública federal e ampliar o direito à educação de uma instituição reconhecida pela qualidade”, afirma.

A professora explica que a alavanca de desenvolvimento que os IFs representam é da maior importância nesse momento em que a própria região rediscute o seu perfil por meio de suas agências, como o Consórcio Intermunicipal do ABC, que tem a função de pensar as políticas organicamente de forma articulada e tem se debruçado sobre essa problemática.

Com o apoio do Consórcio o movimento pelo IF do ABC defende um modelo diferente dos IFs convencionais, tendo como pilares autonomia (que significa ter uma reitoria, uma autarquia própria e não ser vinculado ao IF de São Paulo), diferenciação pedagógica e articulação regional. A estratégia partiu de audiências públicas para a construção das bases e chegou nesse tripé, considerado fundamental ao objetivo do movimento para que os sete municípios tenham unidade com o IF do ABC.

“Acreditamos que o IF do ABC precisa ser novo, se ele se constituir como uma unidade do IF de São Paulo, que tem 41 delas no Estado e nenhuma no ABC, ele vai continuar centralizado em provavelmente não atender as demandas da população local”, destaca Marineide.

Do ponto de vista da autonomia curricular do IF do ABC a o movimento defende um ensino interdisciplinar em que os estudantes possam resolver problemas, os professores se integrem, e que exista trabalho coletivo, uma jornada de ensino, pesquisa e extensão.

 

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Seção: Educação