Publicado em 30/06/2023 - 07:43 / Clipado em 30/06/2023 - 07:43

ABC registra variação mensal de casamentos civis

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Susete Davi

 

Com exceção do município de Rio Grande da Serra, que teve como destaque o mês de maio com 10% dos casamentos celebrados em 2022, os demais municípios do ABC apresentaram maior número de registros nos meses do segundo semestre, e em nenhum deles dezembro sobressai, tendência verificada também em nível estadual.

Há alguns anos a Fundação SEADE observa no Estado de São Paulo uma tendência de concentração de casamentos civis em dezembro, mês de férias, festas e de calor. “Pode ser prematuro afirmar que mês escolhido por noivos que se casam no civil no Estado vem mudando”, alerta Rosa Maria de Freitas, da Divisão de Projeções Populacionais, e porta-voz da instituição.

A pesquisa da SEADE no período compreendido entre 2018 e 2022 demonstra pela primeira vez que no último ano dezembro não foi o pico dos registros de casamento no Estado de São Paulo, como tem sido há muito tempo. Ficou pouco abaixo de novembro e próximo de outubro. A demógrafa diz que é muito cedo para afirmar se haverá mudanças, pois vivemos o pós-pandemia e há uma demanda que ainda está em adaptação ao mercado.

Nos sete municípios do ABC, 2022 marcou o terceiro maior número de casamentos no período da pesquisa com 15.025 registros, superado por 2018, com 16.892, e 2019, com 16.397, anteriores ao início da pandemia. No auge da calamidade, 2020 e 2021, os casamentos registrados na região foram 11.716 e 14.237 respectivamente.

Individualmente São Bernardo lidera absoluto em casamentos nos últimos cinco anos, seguido por Santo André, Diadema, Mauá, São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra.
 

Fonte: Fundação SEADE

 

A análise da evolução mensal dos casamentos civis no Estado processados pelo SEADE indica alterações no padrão sazonal da nupcialidade. Ocorreu aumento em quase todos os meses pós-pandemia, mas o volume ainda permaneceu inferior aos meses anteriores ao período pandêmico. Em 2022, houve menor variação mensal no número de casamentos, mantendo a maior frequência de casos no segundo semestre.

No mesmo período de 2018 a 2022, fevereiro continua sendo o mês com menor número de uniões civis dentro de cada ano, inclusive em cada um dos municípios do ABC. Em 2018 e 2019, o mês de maio demonstrou uma leve subida em relação aos outros meses do primeiro semestre de cada ano, mas em 2020, auge da pandemia, esse número teve uma queda, perdendo inclusive para o número de casamentos civis registrados em fevereiro daquele ano.

Para Rosa Maria Vieira De Freitas, vale a pena ressaltar que as variações observadas nos meses de registros no período da pandemia e do pós pandemia devem ser vistas com cautela, uma vez que a demanda ainda está se firmando e pode depender da disponibilidade dos cartórios e situação econômica dos noivos.

Em linha com a tendência em todo o Estado, os casamentos civis em maio voltaram a subir os municípios da região em 2021, se aproximando dos números de abril e junho, porém ficando abaixo do número de registros realizados em julho, outro mês de férias. Em 2022, o número de casamentos em maio manteve-se na mesma faixa que os casamentos do mês de abril, seguido de leve queda em junho e nova subida em julho, mês que vem apresentando aumento no número de casamentos civis desde 2020.

As informações da SEADE são atualizadas mensalmente e produzidas com base nos registros dos eventos nos cartórios do Estado de São Paulo, disponibilizados após consistência, organização e processamento pela Fundação. São disponibilizadas séries desde 2000 até o último ano finalizado, assim como a série mensal dos últimos três anos, possibilitando monitorar continuamente a sua evolução. As informações referem-se a eventos ocorridos entre os residentes nos 645 municípios paulistas e 96 distritos do Município de São Paulo.

Mais informações em informa.seade.gov.br/demografia

 

https://www.reporterdiario.com.br/noticia/3280475/abc-registra-variacao-mensal-de-casamentos-civis/