Publicado em 11/05/2023 - 07:32 / Clipado em 11/05/2023 - 07:32
ABC segue com crescimento da inadimplência, alertam dirigentes lojistas
Mariana Fanti
Atualmente 66 milhões de brasileiros estão inadimplentes, de acordo com o SPC (Serviço de Proteção ao Crédito).“Somos um país movido ao empreendedorismo, que por sua vez é gerado pelo desemprego”, afirma Alexandre Damasio Coelho, advogado, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de São Caetano do Sul e diretor da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo. No ABC, essa realidade é ainda mais preocupante, pois existe uma permanência de pessoas endividas, acima da média nacional, que devem em média R$ 5.100 per capta.
Segundo Damasio, o problema reside na oferta de linhas de crédito ser maior do que o estímulo a poupar dinheiro. “O modelo de tomada de crédito tem como viés a inadimplência”, explica. Para o dirigente, é necessário desenvolver o hábito de educação financeira nos jovens, para que tenhamos uma economia mais ‘saudável’ em 10 ou 12 anos.
Damasio cita o exemplo do comércio e do varejo, que foram tomados pelas maquininhas de cartão. “Elas geram um custo invisível gigantesco para o negocio’, diz. Já a modalidade de pagamento via PIX foi uma revolução na opinião do dirigente. “O PIX fez com que o empresário tivesse que aplicar esse modelo na marra”, afirma. Outra modalidade é o microcrédito orientado, que empresta valores de até R$ 21 mil para pessoas física e jurídica, negativadas ou não, formalizadas ou não.
Sobre este Dia das Mães (14/5), Alexandre Damasio aposta num aumento significativo nas vendas de todo o País. Porém, a inadimplência deve crescer na mesma proporção. “Alguns segmentos são mais favorecidos, como os de consumo imediato (restaurantes), já o comércio ligado aos bens duráveis (eletrodomésticos) registra altas de inadimplência”, alerta.
Alexandre Damásio Coelho finaliza com algumas dicas para se livrar do endividamento, como concentrar contas em uma mesma data e único cartão, procurar renegociar o quanto antes dívidas com bancos, analisar os chamados ‘gastos invisíveis’, e, em caso de dúvida, procurar o plantão de super endividamento do Procon.
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Seção: Economia