Publicado em 03/02/2023 - 18:00 / Clipado em 03/02/2023 - 18:00

Com presenças de ministros, Marcelo assume Consórcio sem SBC e SCS

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Bruno Coelho

 

Em cerimônia lotada e com a presença de ministros do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e de secretário do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT) tomou posse da presidência do Consórcio Intermunicipal Grande ABC nesta sexta-feira (3). Por outro lado, o petista assumiu a entidade na sua maior crise em 32 anos de existência, sem as participações de São Bernardo e São Caetano.

Com pompas, Marcelo recebeu ministro do Trabalho, Luiz Marinho, o secretário das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (ambos do PT), e a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano. Pelo governo paulista, esteve o secretário-executivo de Governo, Marcos Penido, além do deputado federal Alex Manente (Cidadania), e dos deputados estaduais reeleitos Luiz Fernando e Barba, e os eleitos Rômulo Fernandes (os três do PT) e Ana Carolina Serra (Cidadania).

Marcelo substituiu o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), na liderança da entidade, com as presenças de seus homólogos Guto Volpi (PL, Ribeirão Pires) e Penha Fumagalli (PTB, Rio Grande da Serra), além da vice-prefeita de Diadema, Patty Ferreira, representando o titular José de Filippi Júnior (filiados ao PT), que está hospitalizado. No entanto, os prefeitos Orlando Morando e José Auricchio Júnior (ambos do PSDB), já desligaram oficialmente São Bernardo e São Caetano, respectivamente, da instituição.

Em seu discurso de posse, o novo presidente enfatizou que a força do Consórcio Intermunicipal ocorre com a união dos sete municípios, situação que contrasta perante o atual cenário. “Vamos dialogar sempre, como já tenho feito (com Morando e Auricchio). Estamos tentando marcar agenda, provavelmente na semana que vem. Mas o importante aqui é não é o prefeito A ou B, e sim a população do ABC em geral”, disse.

Ex-prefeito de São Bernardo e com passagem no comando do Consórcio Intermunicipal, Marinho não deixou de alfinetar Morando, inclusive, dirigindo o seu olhar a Paulo Serra. Desafeto do correligionário vizinho, o prefeito andreense esboçou um leve sorriso naquele exato momento. “Quero cumprimentar ao Paulo Serra, grande prefeito que foi sacrificado na presidência do Consórcio na sua reconstrução, porque alguém destrói e alguém precisa reconstruir”, disse o petista.

O ministro do Trabalho pediu para Marcelo ir atrás dos “desgarrados”, em alusão aos prefeitos de São Bernardo e São Caetano. “Eles precisam entender que o processo de governança é importante para o desenvolvimento de qualquer cidade ou região. Então é preciso que chamem todos, viu, Guto (Volpi)? Chamem para dizer o seguinte: ‘O ABC precisa estar unido para aproveitar as oportunidades”, afirmou Marinho.

Por sua vez, Padilha reforçou a retomada da parceria entre União, Estado e municípios e citou 14 mil obras do governo federal paralisadas pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em todo o país.  “A era da parceria entre governo federal, estadual e municipal voltou. Não à toa que o governo do Estado e o presidente Lula querem (dialogar com) consórcios para enfrentarmos os problemas de São Paulo. Nós queremos fazer um grande plano de investimento em obras”, destacou.

 

Guto Volpi sinaliza recuo

Após a eleição que culminou na vitória de Marcelo por quatro votos a três, Guto Volpi assinou uma carta tríplice com Morando e Auricchio para a saída do Consórcio Intermunicipal. Postura que se contrastou com a posse do petista nesta sexta-feira. Presente na cerimônia, o prefeito de Ribeirão Pires posou para fotos e assinou o caderno de posse do novo comando da entidade regional

Guto agora avalia permanecer no Consórcio Intermunicipal, caso não haja maior ônus orçamentário ao previsto neste ano. “A gente está batendo o papo com o Marcelo para ver como fica esse boleto agora. É o esforço para que o ABC fique mais forte e estamos apoiando o presidente nisso, apenas fazendo essas contas para que fique bem adequado e não comprometa o nosso orçamento”, justificou.