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 Site Diário do Grande ABC - Santo André/SP

Publicado em 02/02/2023 - 18:34 / Clipado em 02/02/2023 - 18:34

Ex-servidor diz que então presidente de Fundação Anne Sullivan sabia de supostos desvios


Funcionário é acusado por autarquia de S.Caetano de retirar ao menos de R$ 2,4 milhões por meio de susposta manipulação da folha de pagamento

 

Em depoimento prestado na investigação interna sobre supostos desvios na Fundação Anne Sullivan, ligada à Prefeitura de São Caetano, o ex-servidor Reginaldo José da Silva, acusado na Justiça de manipular a folha de pagamento na instituição, afirmou que a ex-presidente da Fundação Marta Sauter sabia dos movimentos apontados como irregulares.

O depoimento está anexado ao processo que a Fundação move contra o ex-servidor em ação civil pública. “Que em relação a acusação de haver auferido vantagens supostamente indevidas, além do valor constante em seu holerite mensal, esclarece que o fazia com autorização da presidente, na época, Mara Sauter (no período de 2013 e 2017)”, citou em depoimento, que ocorreu em 7 de abril de 2022. Posteriormente, nas alegações finais, o advogado de Reginaldo José da Silva citou que a ex-presidente da Fundação não foi alvo de investigação.“Por ocasião do interrogatório do processado vieram à luz informações que comprovam que as retiradas mensais do acusado, nos valores demonstrados nos autos, foram devidamente autorizadas pela presidente da Fundação Anne Sullivan, à época, Mara Sauter, cujo ônus probatório em contrário não se observa presentes nos autos, eis que a pessoa informada como autorizadora das retiradas sequer foi ouvida perante essa E. Comissão Processante, não se produzindo, portanto, prova em contrário de oitiva”, afirmou no documento José Rufino Lins, defensor de Reginaldo José da Silva.

Mara Sauter virou presidente da Fundação em março de 2013, noemada pelo ex-prefeito Paulo Nunes Pinheiro (à época no MDB, hoje no União Brasil). O ex-servidor Reginaldo José da Silva disse ainda no depoimento que uma diretora também teria recebido vantagens indevidas. “E que deseja esclarecer que outra pessoa, além dele, também recebe vantagem supostamente indevida, ou seja, porém, está, em holerite, ou seja, a então diretora da Fumas, Solange Teixeira Cardoso Keller (sic)”, afirmou.

A crise envolvendo a Fumas foi reveleada quando a Fundação denunicou Reginaldo José da Silva no último dia 13 à Justiça. A ação aponta para um suposto rombo de R$ 2,4 milhões. Os documentos indicam para supostos desvios desde janeiro de 2007 (primeiro mandado de José Auricchio Junior) até novembro de 2021, por meio de manipulação na folha de pagamento.

O valor do suposto desvio é considerado parcial. Reginaldo José da Silva alegou no processo interno que “tais verbas são calculadas automaticamente pelo sistema e que eventuais divergências são compensadas pelo próprio RH”. Procuradas, Mara Sauter e Solange Teixeira Cardoso Keller não repsonderam. O Diário enviou email e ligou para Fundação. E-mail foi enviado para comunicação da Prefeitura de São Caetano, que também se recursou a prestar esclarecimentos.

 

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