
Publicado em 20/12/2022 - 08:40 / Clipado em 20/12/2022 - 08:40
Política eleitoral para o governo, diz Auricchio ao despistar sobre 2024
Wilson Guardia
Auricchio apresenta balanço da gestão e aborda relação com Lula e Tarcísio (foto reprodução RDtv)
O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), diz não pensar na sucessão municipal. A afirmação, na noite desta segunda-feira (19/12), aconteceu durante a de prestação de contas em um clube particular da cidade. O tucano garante nem de longe pensar no assunto que será tratado apenas no ano eleitoral.
“A introdução de política eleitoral para o governo”, exclama o chefe do Executivo ao complementar que ficou um ano fora do poder de forma “injusta” e, por isso, ajustou o cronograma de trabalho para três anos, portanto, quer aproveitar os dois restantes para concluir os compromissos assumidos na campanha.
Apesar da distância com o período eleitoral, o assunto tem tomado conta do noticiário político, isso porque a eleição da mesa-diretora da Câmara tem balizado as projeções. Há uma incógnita sobre quem será seu escolhido. O certo é, quem preside a Casa de leis, caso tenha pretensões eleitorais, leva pontos de vantagem, por isso, acordo costurado pelo prefeito tirou Tite da Campanella (Cidadania) da cadeira de presidente.
Apesar de Auricchio garantir que 2024 ainda está longe, nos bastidores os movimentos no tabuleiro de xadrez político são precisos e o prefeito pode estar perto de dar o xeque-mate com a ascensão de Pio Mielo (PSDB) para a Secretaria de Educação e Tite Campanella, na Secretaria de Governo. Este último estaria relutante a aceitar, pois almeja o Palácio da Cerâmica.
Por sua vez, Auricchio, indagado pelo Repórter Diário, afirma que fará alterações no primeiro escalão. “Mudanças pontuais, nada de grande significado”, diz.
Polarização
Auricchio aproveitou para responder ao vivo, ao RDtv, qual será sua relação com o governo federal, haja visto que seu amigo, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) será o número 2 da Nação, na condição de vice-presidente. “Não podemos misturar a amizade com o governo”, ao discorrer. “O governo novo é de uma frente ampla, do PT, e Lula representa um conjunto de forças, portanto tenho a absoluta convicção que vão trabalhar para uma boa interface com os prefeitos”, afirma.
Na linha de raciocínio, Auricchio ainda afirmou que nos últimos quatros anos ninguém falava com os municípios, com a frente de prefeitos e o pacto federativo quase não existiu.
Sobre a relação que espera ter com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), Auricchio acredita que será amistosa. “Espero que ele tenha um relacionamento bom, ele já sinalizou isso para os prefeitos. A abertura dele de entender a dinâmica das prefeituras. Ele tem um vice, que foi prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth, entende bem das demandas, além disso, terá em seu primeiro escalão o ex-ministro Gilberto Kassab”, completa.
Veículo: Online -> Site -> Site Repórter Diário - Santo André/SP
Seção: Política