
Publicado em 13/11/2022 - 07:30 / Clipado em 13/11/2022 - 07:30
Bares da região se preparam para os jogos da Copa do Mundo
Beatriz Gomes
A poucos dias do início da Copa do Mundo, do Catar, dia 20 de novembro, e da estreia da seleção brasileira no dia 24, os bares estão numa expectativa grande em relação ao movimento de torcedores. De acordo com o Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC), o procura por bares e restaurantes deve crescer cerca de 20% nos jogos do Brasil, por isso os empreendimentos investem na decoração, em promoções de bebidas e novos telões.
O bar Armazém São Caetano, na rua Piauí, 248, em São Caetano, irá funcionar das 12h até meia-noite, como de costume. Ana Rosa, proprietária, criou três opções de rodízio, além da cardápio tradicional. “Teremos os rodízios de boteco por R$ 69,99, de caipirinha por R$ 59,99 e de chopp por R$ 69,99. Os clientes poderão aproveitar nosso amplo espaço, com comanda individual para dividir a conta e torcer pela seleção brasileira num grande telão, além de uma televisão”, afirma Ana.
O Muquiranas Bar, inaugurado em 2020 na rua das Figueiras, 130, em Santo André, vai alterar o horário de funcionamento na abertura, nos jogos do Brasil e na final. “Ajustamos nosso horário em uma hora antes de cada jogo para que o torcedor venha com tranquilidade e se posicione com conforto em frente a cada um dos nossos seis mega telões. Então, na abertura da Copa, dia 20, abriremos às 12h; dia 24/11 Brasil x Sérvia abriremos às 15h; dia 28/11 Suíça x Brasil será às 12h e no dia 2/12 Camarões x Brasil abriremos às 15h”, conta Mikael Marinho, gerente comercial.
O bar já se vestiu de verde e amarelo. “Sugerimos que o cliente venha caracterizado como preferir, nossa casa é ampla, climatizada e dispõe de telões bem posicionados por toda a casa para que o cliente tenha visibilidade dos jogos sem perder nenhum lance”, reforça o gerente.
O bar universitário Supra Bar Direito São Bernardo, na rua Java, 299, no Jardim do Mar, possui tradição em reunir jovens em jogos de campeonatos estaduais, nacionais e, com a Copa do Mundo não será diferente. Ernei Ragonha Filho, proprietário, conta que o diferencial é o ambiente descontraído com baixos preços. “Compramos três televisões novas especialmente para suportar o movimento que esperamos. Também iremos investir em decorações, promoções de bebidas e alimentos”, adianta.
O Bar Figueiras, localizado na rua das Figueiras, 835, em Santo André já está decorado e preparado para o início da Copa. “Devem assistir aos jogos no Bar Figueiras porque temos a melhor picanha do ABC, tábua de churrasco com Aligot, os melhores drinks, o chopp Brahma mais gelado da região, atendimento realizado por excelentes profissionais e transmissão simultânea de três jogos de uma vez só”, avisa Júlio César De Paola, proprietário.
Orientação do Sehal
O departamento Jurídico do Sehal afirma que é possível encontrar estratégias, saídas legais e bom senso para os torcedores. “Fomos procurados pelos associados e jurisdicionados com diversas dúvidas e questionamentos sobre quais procedimentos adotar durante os jogos do Brasil na Copa”, conta Beto Moreira, presidente do Sehal.
As dúvidas são como deve ser o horário de trabalho durante a transmissão dos jogos do Brasil. Se seria feriado nos dias de jogos ou compensação de dias não trabalhados. “O nosso jurídico buscou respostas e opções a partir do fato de que não há uma lei ou decreto que considere os dias de jogos como feriado. No entanto, as empresas devem buscar socorro na legislação trabalhista para tomar as melhores decisões sobre o que fazer com os empregados em dias de jogos. A jornada do empregado permanece a mesma, e cabe ao empregador decidir se autoriza que ele falte ou encerre mais cedo para assistir aos jogos fora da empresa”, explica Beto.
Para sair mais cedo, o empresário pode se utilizar das regras da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) para o que for acordado com o empregado. “Uma saída é o Acordo Individual de Compensação de Horas de Trabalho. Por se tratar de uma situação excepcional pode ser usado para prever que em dias de jogos, a jornada se encerrará mais cedo ou ainda que o empregado não prestará serviços, se deve as horas ou dias serem compensados com horas de trabalho”, explica Denize Tonelotto, advogada do Sehal.
Outra opção é firmar um acordo coletivo com todos os empregados, o que previne detalhadamente como ocorrerão as folgas e posteriores pagamentos das horas não trabalhadas nos dias de jogos, segundo os advogados. O acordo deve ser firmado com a participação do Sindicato dos Trabalhadores. Uma solução pode ser o home office. “A partir de um acordo com os trabalhadores e a empresa, é possível pactuar que nos dias de jogos o empregado não comparecerá na empresa. No entanto, fazer home office não cabe para a maioria da categoria, mas pode ser uma opção para alguns”, comenta João Manoel Pinto Neto, também advogado da entidade.
Há ainda a possibilidade de a empresa que não fechar nos dias de jogos adotar a concessão do intervalo de refeição e descanso do empregado de até duas horas. “Assim, ele assiste e volta a trabalhar. Nesse caso, o ideal é que a empresa ofereça um local apropriado ou até promova uma integração/descontração com caracterização do ambiente e até petiscos”, sugere Denize.
Veículo: Online -> Site -> Site Repórter Diário - Santo André/SP
Seção: Economia