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Portal O Globo - Rio de Janeiro/RJ

Publicado em 02/09/2025 - 10:09 / Clipado em 03/09/2025 - 10:09

Anvisa aprova medicamento para casos de câncer de ovário resistentes a quimioterapia


O fármaco também recebeu aprovação no Estados Unidos e em países da União Europeia


Por Raquel Pereira — Rio de Janeiro

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o medicamento mirvetuximabe soravtansina (com nome comercial de ELAHERE) para o tratamento de casos de câncer de ovário resistentes à platina, composto base da quimioterapia.

Anteriormente, após a falha da quimioterapia, não existiam alternativas além dos cuidados paliativos para os pacientes diagnosticados com o câncer. Dessa forma, o fármaco, produzido pela biofarmacêutica AbbVie, é o primeiro a ser aprovado para casos de resistência à platina.

A resolução da Anvisa que aprova o medicamento foi publicada na última quinta-feira (28) no Diário Oficial da União (DOU).

“Historicamente, as opções de tratamento para pacientes com câncer de ovário resistente à platina (CRO) têm sido limitadas e frequentemente comprometem a qualidade de vida de mulheres que já enfrentam uma jornada de saúde difícil e desanimadora”, afirma Fernando Mos, diretor médico da AbbVie Brasil, em comunicado.

É estimado, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), que, de 2023 até o final de 2025, serão 7.310 novos casos de câncer de ovário por ano no país.

“Já se passaram mais de oito anos desde a última aprovação de um novo tratamento para câncer de ovário resistente à platina. Com a aprovação do mirvetuximabe soravtansina, os oncologistas agora têm uma opção de tratamento eficaz e direcionada para pacientes que enfrentam a difícil notícia de uma recorrência do câncer, abordando uma necessidade médica significativa não atendida. O câncer de ovário continua sendo uma doença desafiadora de tratar, e a inovação nessa área é fundamental para melhorar a jornada de pacientes, cuidadores e familiares”, acrescenta Fernando.

O mirvetuximabe soravtansina também recebeu aprovações em outros locais do mundo, como nos Estados Unidos, pela Food and Drug Administration (FDA), e em países da União Europeia, pela European Medicines Agency (EMA) em 2024.

Segundo os resultados do estudo de fase 3 realizado com o remédio, houve redução de 35% no risco de progressão da doença em pacientes tratados com mirvetuximabe soravtansina em comparação a outras formas de quimioterapia. Além disso, ele também mostrou uma redução de 33% no risco de morte.

Os achados do estudo foram publicados na revista científica New England Journal of Medicine (NEJM) e apresentados na Reunião Anual sobre Câncer Feminino da Sociedade de Oncologia Ginecológica (SGO), realizada no ano passado em Seattle, nos EUA.

 

https://oglobo.globo.com/saude/medicina/noticia/2025/09/02/anvisa-aprova-medicamento-para-casos-de-cancer-de-ovario-resistentes-a-quimioterapia.ghtml

 

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